Opinião

E OS PROFESSORES, TAMBÉM SÃO COBARDES?

Um artigo de opinião da inteira responsabilidade de Bruno Fialho

Para quem não se recorda, em Agosto de 2020, na sequência de um surto em Reguengos de Monsaraz (do “coiso-19” que antes era altamente mortífero e que, subitamente e sem ninguém o conseguir explicar, agora deixou de o ser), o primeiro-ministro António Costa foi apanhado em “off”, numa conversa com jornalistas do Expresso a dizer o seguinte: “É que o presidente da ARS mandou para lá os médicos fazerem o que lhes competia. E os gajos, cobardes, não fizeram”.

Estamos no início de 2023 e estou à espera de que alguém venha mostrar uma conversa em “off” em que António Costa chame cobardes aos professores, tal como chamou aos médicos, visto eles não estarem a fazer, provavelmente na opinião do primeiro-ministro, o que lhes compete, que é dar aulas, mesmo que essas aulas sejam dadas em escolas sem condições, com receio de ofensas físicas, auferido salários indignos e, muitas das vezes, a centenas de quilómetros longe de casa.

Os professores estão em guerra com o Governo e têm toda a razão nas reivindicações que apresentam, mas continuam a ser ludibriados por sindicalistas que não são professores há mais de 30 anos e a quem só interessa manter o “tacho”.

Os professores, tal como os médicos e enfermeiros têm um grave problema, que tem sido a enorme falta de união da classe, e é por essa razão que ainda não conseguiram aquilo que merecem.

Tal como os profissionais de saúde, os professores têm uma solução corajosa que colocaria este governo de “boys”, que não servem “nem para lavar escadas” (com todo o respeito por quem o faz como profissão), de joelhos.

Quando um Governo gasta 500 mil euros dos nossos impostos em indemnizações a amigas que estavam a brincar aos aviões ou milhões de euros em estudos para um TGV, que nunca saiu do papel, ou para um novo aeroporto, que querem construir onde só beneficia os amigos da Vinci, é necessário os professores lutarem à séria para terem aquilo que reivindicam há anos!

E lutar à séria seria verdadeiramente forçar o Governo a aceitar as justas reivindicações dos professores, mas sem prejudicarem os alunos e os pais.

Assim, a título de exemplo, bastaria que um elevado número de professores do quadro apresentasse a sua demissão antes do ano lectivo começar e que os professores a contrato informassem previamente que iriam recusar regressar ao activo para tudo acontecer.

Desta forma, os “boys” do Governo iriam rapidamente perceber que os professores não podem continuar a ser anualmente humilhados e subjugados aos interesses de uns politiqueiros armados em ministros e rapidamente deixaríamos de assistir a greves intermináveis, que prejudicam de forma permanente os alunos do ensino público.

Espero sinceramente que os professores consigam rapidamente vencer este Governo tirano, mas tenho a sensação de que os sindicalistas do costume irão ser novamente cobardes…


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