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Doente aguardou por transporte dois dias no HGO sentado em cadeira

Um doente esteve dois dias a aguardar transporte entre o Hospital Garcia de Orta, em Almada, e o Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, numa cadeira, tendo-lhe sido fornecidas como refeições apenas sandes.

A denúncia chegou ao Diário do Distrito, após um homem ter sido enviado para o serviço de urgência ‘Via Verde AVC’ do Hospital Garcia de Orta, com um quadro de possível AVC.

Tudo aconteceu no passado dia 25 de Setembro, quando este doente foi transportado de ambulância para a unidade hospitalar de Almada, uma vez que o mesmo serviço no Hospital de Setúbal se encontrava encerrado nesse dia.

Após a admissão no HGO, foi sujeito a exames e colocado numa cama, mas após ser medicado, e ter indicado que se sentia melhor, foi transferido para uma cadeira, como a da imagem, enquanto aguardava o transporte para o Hospital de Setúbal, a sua área de residência.

No entanto, durante dois dias teve de aguardar a alta hospitalar e o respectivo transporte durante os quais, e segundo a informação que chegou ao Diário do Distrito, o paciente não teve apoio na sua higiene pessoal e as refeições se limitaram a sandes de geleia, além de não ter tido acesso à sua própria medicação como doente coronário.

Ao fim de dois dias de espera, e como não fosse disponibilizado o transporte, o doente optou por assinar um termo de responsabilidade para sair, e acabou por ser transportado por um familiar ao Hospital de Setúbal.

A mesma queixa indica que este paciente viu outros doentes na mesma situação e um até a dormir no chão.

O Diário do Distrito contactou o Hospital Garcia de Orta, para confirmar a situação, obtendo como resposta, através do Gabinete de Comunicação, que «o HGO, por questões de sigilo profissional e proteção de dados, não poderá facultar à comunicação social informações clínicas sobre os utentes». 

No entanto, o gabinete esclarece «genericamente, que aquando da entrada por Via Verde AVC, os utentes são submetidos a um conjunto de exames, incluindo imagiologia, para a realização do diagnóstico e respetivo tratamento.

Paralelamente, e devido ao atual contexto, em cumprimento de todas as orientações da DGS, todos os utentes que dão entrada no HGO realizam teste laboratorial para despiste de Sars-Cov-2.

Por uma questão de segurança dos utentes, e em conformidade com as normas, somente após a receção de um resultado conclusivo dos exames realizados, estes podem ser transferidos para outras unidades hospitalares.”

Relativamente à denúncia descrita pelo Diário do Distrito, o HGO esclarece que «o utente, após entrada no Serviço de Urgência Geral (SUG) do HGO, foi sujeito aos exames necessários para a sintomatologia apresentada e ficou a aguardar resultados conclusivos, enquanto recebia os cuidados adequados ao quadro clínico.

O utente, por sua iniciativa, solicitou a transferência para o Hospital de Setúbal e, enquanto aguardava a respetiva transferência, saiu do HGO contra parecer médico.»

Já sobre a situação das refeições «o HGO informa que todos os utentes que permanecem no SUG recebem, nos horários das refeições, uma embalagem individual que inclui sandes, peça de fruta, garrafa de água de 33cl, sumo e pacotes de bolachas».

O HGO realça ainda que «a equipa clínica do HGO se mantém, como sempre esteve, disponível para prestar ao utente todos os esclarecimentos que este considere necessários sobre o seu acompanhamento nesta instituição, e mais informamos que os utentes não são colocados em cadeiras, ou no chão, enquanto permanecem na Unidade de AVC».


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