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Do marisco ao carvão, conheça as novas sanções que UE quer aplicar ao governo russo

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou esta tarde as propostas de sanções à Federação Russa, na sequência da invasão à Ucrânia.

Estas passam pela proibição de importação pela União Europeia de carvão russo, que vale à Rússia quatro mil milhões de euros por ano, e a expulsão de quatro bancos russos do mercado financeiro europeu.

«Os quatro pacotes de sanções anteriormente adotados pela UE atingiram duramente e limitaram as opções políticas e económicas do Kremlin» referiu a responsável.

«Estamos a ver resultados tangíveis, mas claramente, tendo em conta os acontecimentos, precisamos de aumentar ainda mais a nossa pressão e, por isso, hoje, propomos dar mais um passo nas nossas sanções.»

Segundo Ursula von der Leyen, as novas sanções propostas, que terão ainda de ter aval de todos os Estados-membros, incluem a proibição de importação de carvão, com vista a cortar outra importante fonte de receitas para a Rússia; proibições específicas em produtos desde a madeira ao cimento, dos frutos do mar às bebidas alcoólicas, num valor de 5,5 mil milhões de euros, de forma a «cortar o fluxo de dinheiro da Rússia e dos seus oligarcas», explicou Von der Leyen.

Outras medidas deste novo pacote de sanções referem-se à proibição de acesso aos portos da UE pelos navios russos e operados pela Rússia, apenas com excepções para produtos essenciais como agrícolas e alimentares, ajuda humanitária e energia, e aos operadores de transporte rodoviário russos e bielorrussos.

São ainda abrangidas «mais proibições de exportação específicas, no valor de 10 mil milhões de euros, em áreas em que a Rússia é vulnerável», anunciou Ursula von der Leyen, tais como computadores quânticos, semicondutores avançados, maquinaria e equipamento de transporte sensível.

Depois de terem sido excluído sete grandes bancos russos do sistema de internacional de comunicações bancárias SWIFT, a Comissão quer agora «uma proibição total de transações em quatro bancos-chave russos entre eles o VTB, o segundo maior banco russo», instituições que representam 23% do setor bancário da Rússia, com o objectivop de «enfraquecer ainda mais o sistema financeiro russo».

Está também previsto o alargamento dos indivíduos incluídas na lista de sanções, bem como uma proibição geral na UE de participação de empresas russas em concursos públicos nos Estados-membros, «porque o dinheiro dos impostos europeus não deve ir para a Rússia, seja sob que forma for», frisou Ursula von der Leyen.


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