Contextualização
A atual situação económica e financeira nacional, marcada pelo aumento da taxa de inflação e da perda de poder de compra, afeta parte considerável das famílias portuguesas. Assim, contribui fortemente para o aumento do número de pessoas a contrair dívidas.
A população procura apoio monetário, por diversos motivos. Quer seja para comprar uma casa, pagar as propinas universitárias ou, até, para adquirir um determinado equipamento para o seu lar, as várias necessidades, em conjunto, podem levar a uma situação de sobreendividamento.
O Que É o Sobreendividamento?
O termo sobreendividamento refere-se a uma situação de acumulação de dívidas. Significa que o seu rendimento é igual ou inferior ao valor das suas dívidas, isto é, não é suficiente para dar resposta a todos os créditos que tem que soldar.
Esta situação pode ocorrer por diversos motivos, tais como:
- Desemprego – de forma inesperada, pode encontrar-se numa situação de desemprego e, como tal, perder a sua principal fonte de rendimento
- Saúde – uma doença súbita e inesperada pode, efetivamente, contribuir para uma incapacidade para realizar o seu trabalho e/ou obrigar a um gasto acrescido em tratamentos e medicação
- Perda de poder de compra – devido ao panorama nacional, há a possibilidade de perder poder de compra e do seu orçamento não ser, agora, suficiente para dar resposta a todas as dívidas
Se, atualmente, o seu rendimento já não é suficiente para conseguir pagar todos os seus créditos e manter o seu estilo de vida habitual, então, é possível que se encontre numa situação de sobreendividamento. Apesar de ser um contexto desafiante, há formas de solucionar a questão.
Soluções para o Sobreendividamento
Se se encontra sobreendividado, independentemente dos motivos que originaram o problema, há algumas soluções que podem ajudar a reverter este contexto, entre as quais:
- Renegociação da dívida – fale com o seu banco, de forma clara e sincera, e exponha o problema. Neste sentido, analise a possibilidade, com a entidade credora, de renegociar o crédito, procurando estender o prazo para pagamento e, assim, conseguir prestações mensais inferiores
- Consolidação de créditos – outra opção é consolidar os seus créditos numa prestação mensal única. Assim, consegue negociar um valor mensal mais baixo e pagar taxas de juro inferiores
- Carência de capital – pode solicitar à entidade financiadora a suspensão do pagamento das dívidas, por um determinado período de tempo, a acordar, que lhe dará alguma margem para se organizar, novamente, do ponto de vista financeiro
As diferentes possibilidades de apoio devem ser analisadas, de forma particular, com base nas especificidades do seu contexto pessoal, profissional e financeiro. Assim, poderá optar, de forma consciente e ponderada.
Como Evitar Dívidas Excessivas?
Por outro lado, se não está numa situação de sobreendividamento, mas quer evitar que aconteça, no futuro, estas são algumas dicas que deve ter em conta:
- Faça poupanças – deve organizar o seu orçamento disponível e tentar, regularmente, retirar parte para uma poupança. Desta forma, terá sempre dinheiro, de parte, em caso de emergência
- Analise as opções de crédito – antes de contrair um crédito, deve ponderar seriamente se necessita do mesmo. Em caso afirmativo, deve analisar as diferentes opções no mercado e escolher de forma informada
- Evite créditos para pagar dívidas – se já tem um crédito que está com dificuldade em pagar, contrair outro não é uma boa opção. Em vez disso, considere pedir ajudar a alguém da sua confiança ou, caso já tenha vários créditos, consolidar os mesmos
- Organize o seu orçamento familiar – de forma a garantir que paga, a tempo e horas, as suas dívidas, organize o rendimento disponível e estabeleça prioridades, de forma a dar cumprir com as obrigações financeiras e evitar incumprimentos
- Compre de forma ponderada – não compre por impulso, mas por necessidade. Desta forma, conseguirá otimizar o dinheiro que tem disponível e utilizá-lo no que faz, verdadeiramente, falta
Concluíndo
O atual panorama económico e nacional, leva a que muitas famílias sintam dificuldade em dar resposta às suas obrigações financeiras. Assim, são vários os portugueses que se encontram em circunstâncias desafiantes, que originam cenários de sobreendividamento.
O sobreendividamento deve-se à impossibilidade de pagar as dívidas, às entidades credoras, não sendo o rendimento familiar suficiente para cumprir com as obrigações estabelecidas. Numa situação destas, deve procurar ajuda. Pode considerar, por exemplo, a renegociação da dívida ou a consolidação dos seus créditos.
Por outro lado, se não se encontra sobreendividado, mas quer evitar este cenário, deve estabelecer hábitos como: organizar o seu orçamento familiar, fazer poupanças e comprar de forma consciente e ponderada.
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