Economia

Diretor da Caixa Geral de Depósitos defende melhores salários a nível nacional

O presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, defendeu que as empresas têm de ser mais “atrativas” e devem “reter o talento” laboral em Portugal. Para isso devem tornar-se mais atrativas, investir mais e “pagar melhor às pessoas”.

“A parte da produção cai num novo valor quando eu tenho de estar próximo dos meus clientes e não posso importar tudo apenas de um único fornecedor bastante longe e depois tem que investir em atrair e reter talento. Tem que pagar melhor às pessoas”, declarou Paulo Macedo ao abrigo do “Encontro Fora da Caixa “2023: desafios para as empresas”, que está a acontecer em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.

Ainda de acordo com o dirigente da CGD, “a banca tem estado a tomar consciência que as empresas estão a precisar de mais capital circulante, portanto, precisam de mais fundo de maneio”.

“Porquê”, pergunta Paulo Macedo, explicando de imediato. “Porque têm de fazer mais ‘stocks’, têm que também dar algum crédito aos seus clientes, porque as margens compensam e podem fazer ali algum esforço adicional, e que têm também de pagar melhor às suas pessoas e, portanto, a banca quer fazer isto”.

Paulo Macedo deixou claro que a CGD está no mercado para investir e criar negócios, de forma a aumentar “o seu volume de crédito” para expandir a sua base de clientes e prestar o melhor serviço aos mesmos.

“Queremos que os clientes possam fazer tudo connosco, as várias operações financeiras, ou de seguros, queremos manter a nossa liderança em várias áreas”, referiu.

Apoiado pelo ‘ranking mundial 2022’, Paulo Macedo indicou que Portugal está a perder competitividade económica em relação a vários dos 63 países que foram analisados. No entanto, sublinhou que os portugueses aumentaram a competitividade relativa às ‘soft skills’ e ‘art skills’ e em termos digitais “oscila um pouco”.

Paulo Macedo mostrou-se reticente acerca das “empresas zombie”, defendendo que o número destas em Portugal deve ser reduzido num futuro próximo.

“É preciso reduzir as empresas ‘zombies’, ou seja, que estão num estado larvar, que não conseguem crescer, nem cumprir com os seus encargos, mas também que não desaparecem. Será um aspeto que vai ter de ser combatido na nossa sociedade”, acrescentou.

O presidente da CGD, mostrou-se também preocupado com o sucessivo aumento da inflação e refere que enquanto não houver uma estabilidade económica, quem vai pagar a conta são “as empresas e as famílias”.


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