Direção da Raríssimas demitiu-se e caiu apoio da Santa Casa da Misericórdia à Casa dos Marcos
Quatro dos cinco elementos da direção da Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, que tem a sua sede na Casa dos Marcos, na Moita, demitiram-se durante o mês de abril, e ficou apenas em funções a actual presidente, Maria Júlia Cardoso, noticia o jornal Público.
As demissões ocorreram depois de vários funcionários terem apresentado um manifesto com várias queixas, apresentado em Dezembro, e que foram refutadas por Maria Júlia Cardoso.
Após a polémica com a anterior presidente Paula Brito e Costa, que terminou com um acordo em tribunal, seguiram-se questões ligadas à apresentação de contas e queixas dos funcionários relativas à gestão, condições de trabalho, desinteresse por parte da instituição, desrespeito pelos trabalhadores e mesmo intimidação.
O mesmo jornal noticia que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que apoia a Raríssimas há vários anos, incluindo com um investimento entre 2018 e 2021 de 2.81 milhões de euros durante a crise de escândalos, anunciou que deixaria de apoiar a Casa dos Marcos, e justificou ao jornal que a terminação do apoio deve-se à actual direção da Casa dos Marcos, que a mecenas considera ser «contrária à sua intervenção».
Também em 2018, vários investidores da Raríssimas abandonaram a instituição, quando uma investigação da TVI denunciou um escândalo de alegado desvio de 380 mil euros de fundos da associação por parte da então presidente, Paula Brito e Costa, para uso pessoal.
Maria Júlia Cardoso anunciou, no dia 20 de abril, eleições no prazo de um mês.
No dia 12 de abril a Associação completou vinte anos de existência, e foi deixada uma mensagem na página de Facebook da instituição: «Fomos pioneiros e continuamos a ser únicos no nosso País onde se estima que existam entre 600 a 800 mil pessoas com Doenças Raras. Continuaremos a cumprir a nossa Missão.»
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