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DGS compra máscaras com certificado inválido ou falso

A Quilban, empresa do ex-presidente da Associação Nacional de Farmácias, terá que explicar o que sucedeu para ter vendido três milhões de máscaras de tipo FFP2 com um certificado inválido ou falso, como avança hoje o jornal “Público”.

Foram vendidas três milhões de máscaras do tipo FFP2 à Direção-Geral da Saúde (DGS) com um certificado inválido ou falso, a compra do material que se destina aos profissionais de saúde, foi realizada à empresa do ex-presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), João Cordeiro. O diretor-geral da Quilaban, Sérgio Luciano, já admitiu ter havido problemas com o certificado.

A aquisição das máscaras foi realizado por ajuste direto no passado dia 7 de abril, o Diário do Distrito tento obter o contrato do ajuste direto mas sem qualquer êxito, no entanto sabe que a empresa é a responsável por vários fornecimentos na área da saúde e que os seus principais clientes são Centros Hospitalares e Administrações Regionais de Saúde, a sua faturação ronda os 55.684.433,95 euros, sendo o seu último fornecimento realizado ao Estado-Maior do Exército no valor de 161.700 euros, referente ao fornecimento de máscaras cirúrgicas e fatos completos com capuz, os conhecidos EPIS.

Quanto ao fornecimento das máscaras FFP2, o valor adjudicado foi cerca de 8,5 milhões de euros, o material terá sido entregue na passada quinta-feira na autoridade nacional de saúde. A acompanhar o material estava um certificado CE emitido por uma entidade polaca, a ICR Polska. Segundo o mesmo jornal, a entidade informa, no seu site, que deixou de certificar produtos relacionados com a covid-19 no passado dia 26 de março e o que levou a anular todos os certificados emitidos durante esse mês, explicando que devido a inúmeras fraudes detetadas a entidade decidiu anular os mesmos certificados. Agora quando se coloca o número do certificado apresentado ao Ministério da Saúde, a informação é: “O número não existe, certificado é invalido ou falso”.

O empresário da Quilaban foi contatado pelos media a fim de esclarecer o caso, mas remeteu todas as explicações para o diretor-geral da empresa, Sérgio Luciano. O diretor-geral acabaria por admitir problemas no certificado, passando a dizer que as máscaras são de “qualidade” e que o fornecedor disponibilizou “estudos de conformidade” emitidos por um instituto chinês de certificação para produtos hospitalares.


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