Desenvolvimento sustentável 2030 em debate hoje no Seixal
O Seixal recebe durante esta sexta-feira o seminário dedicado ao tema «Os Municípios Rumo a 2030 – Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento Sustentável», organizado no âmbito da Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento – RICD.
Na sessão de abertura participaram Ana Paula Rosa, adjunta da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação; Francisco Rocha Gonçalves, presidente da Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento e a vereadora Manuela Calado, responsável pelo pelouro do Desenvolvimento Social.
Na sua intervenção a vereadora explicou o processo que levou à criação da Agenda 2030, composta por 17 objectivos de Desenvolvimento Sustentável, “que cada vez se tornam mais importantes mas também mais difíceis de alcançar devido aos conflitos mundiais, pelo que um dos objectivos que o município do Seixal assumiu é a luta pela paz”, e explicou também os compromissos assumidos pela autarquia.
“O nosso desejo, ao promover este seminário, é de que todos estes objectivos assumidos saiam reforçados”, finalizou Manuela Calado.
Francisco Rocha agradeceu a presença de todos “e também pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos municípios no âmbito da cooperação. São estes que estão mais próximos da população e podem intervir ao promover os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), senão todos pelo menos aqueles que escolheram, e que já sabemos não estarem a resultar na totalidade, basta ver a situação dos que procuram as praias da Europa para uma vida melhor e acabam por morrer nessa tentativa.”
Francisco Rocha explicou depois o processo que levou à criação da Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento, “porque acreditámos que tínhamos um papel a desempenhar. Mesmo o mais pequeno município acredita que tem um papel na cooperação descentralizada.
E por acreditar que os municípios têm esse papel ao nível da cooperação nacional e internacional, aproveito ter aqui a senhora adjunta da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, para lhe lançar o desafio de que procure integrar-nos nos projectos, porque da nossa parte tem toda a nossa disponibilidade.”
Aceitando o desafio, Ana Paula Rosa garantiu que “irei transmitir essa posição à Secretária de Estado, porque todos somos poucos para conseguir alcançar o que ainda há a fazer, e garanto que ela terá essa abertura e interesse de aproximação entre o Poder Central e o Poder Local. Mais uma vez aqui se aplica o termo «pensar global, agir localmente» e é nesse sentido que temos de trabalhar.”
Seguiu-se a apresentação dos seis ODS que Portugal escolheu, através de um vídeo apresentado por Ana Paula Rosa, “no qual fomos pioneiros, porque fomos o primeiro país a apresentar o nosso projecto desta forma nas Nações Unidas”, e terminou declarando que “temos de encontrar uma matriz que permita manter de forma continuada a relação entre todas as entidades.”
Durante a manhã decorreu o painel «Relatório do Desenvolvimento Humano», pelo professor Manuel Ennes Ferreira, e «Soluções Locais para a Implementação da Agenda Global: Novos Modelos, Novas Alianças», por Pedro Cruz, coordenador do projeto, Johanes Krassnitzer, especialista do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e coordenador da iniciativa ART e José Fidalgo, coordenador da Rede CESOP-Local da Universidade Católica.
A partir das 14h30, decorrerá o painel «O Papel da União Europeia na Implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Global» pelo eurodeputado João Ferreira e a apresentação do Manual de Ação Local para a Transformação Global, por Patrícia Magalhães Ferreira, investigadora.
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