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Descoberta inédita no Cabo Espichel

Descoberta de mais de 600 pegadas de dinossauro no Cabo Espichel.

O Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP) anunciou hoje a descoberta de 614 pegadas de dinossauros carnívoros e herbívoros, com cerca de 129 milhões de anos, na zona do Cabo Espichel, em Sesimbra, no distrito de Setúbal.

Em comunicado, o CPGP afirma que se trata da descoberta “do maior conjunto de pegadas de dinossauros do Cretácico em Portugal”.

Segundo o Centro Português de Geo-História e Pré-História, já foi publicado um artigo científico sobre o achado na revista internacional “Journal of Geoscience and Environment Protection”.

“Estas pegadas foram deixadas por dinossauros carnívoros (terópodes) e herbívoros (saurópodes e ornitópodes), de médias a grandes dimensões. Este é um conjunto monumental de pegadas que se distribui por uma área não muito grande”, refere a entidade.

De acordo com a CPGP, as pegadas foram encontradas em diferentes camadas no topo de uma formação geológica datada do período Cretácico Inferior.

As pegadas, segundo a investigação, ter-se-ão formado em ambiente litoral frequentado por um número “elevado de dinossauros herbívoros, que ali deixaram um intenso pisoteamento e que, provavelmente, usavam este local como zona de passagem entre áreas de pastos e onde possivelmente seriam perseguidos por dinossauros carnívoros que os pretendiam caçar”.

“Os estudos sobre este novo sítio com pegadas de dinossauro continuam em progresso, sendo que outras novidades integram um novo artigo que está em fase de finalização e em breve será submetido para publicação”, lê-se na nota.

O trabalho científico tem como objetivo o registo de pegadas de dinossauros do Cretácico português, através de uma vasta equipa de paleontólogos e geólogos portugueses, espanhóis, franceses e brasileiros, liderada pelo paleontólogo Silvério Figueiredo.

“Este estudo enquadra-se no projeto de investigação do CPGP denominado ‘Os Vertebrados do Barremiano do Cabo Espichel e o seu contexto Ibérico: implicações paleoambientais e paleogeográficas’”, que tem vindo a estudar esta região desde 1998 […]”, indica o CPGP.

A investigação conta ainda com a colaboração do Instituto Politécnico de Tomar, do Centro de Geociências e do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra e do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO.


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