Política

Deputadas do BE apresentam queixa contra deputado do PSD

Um comentário do deputado do PSD, Bruno Vitorino, na sua página pessoal do Facebook, acerca de uma sessão de esclarecimento para a igualdade de género, que iria decorrer na escola EB 2/3 da Quinta da Lomba, Barreiro, levou as deputadas Joana Mortágua e Sandra Cunha a apresentar queixa na comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).

O deputado, e líder da Distrital do PSD de Setúbal, partilhou no dia 8 de Março uma foto da folha de inscrição dos pais para a referida palestra, na qual questionava o preço que os participantes iriam pagar (0,50 euros) a reverter a favor da associação LGBTI, organizadora do evento, e onde pedia para que «deixassem as crianças ser crianças».

O comentário suscitou uma queixa da deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, como da sua colega de bancada, Sandra Cunha, à Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).

«Deputado e Vereador acha uma “vergonha” e “porcaria” “perversa” uma sessão numa escola do Barreiro educar para igualdade e sensibilizar alunos para as diferentes orientações sexuais. Comentário inaceitavel. Eu e a @sandracunhabe vamos fazer queixa da publicação de Bruno Vitorino à CIG», anunciou no twitter a parlamentar Joana Mortágua.

Segundo Bruno Vitorino, o comentário acabou por ser apagado pela administração do Facebook devido a queixas. «Coloquei a minha página com algumas limitações de privacidade porque já tive informações que estavam a tentar ir a outros posts, denunciar massivamente, somente para derrubar a página.

Pelos vistos, neste “novo mundo” que querem fundar, eu nem sequer tenho direito à minha opinião» lamenta o deputado e vereador da autarquia barreirense.

Entretanto foi criada uma página na mesma rede social, o grupo «Escola sem Partido Portugal» criou um movimento de apoio ao deputado do PSD #Todos somos Bruno Vitorino, considerando que «o que se passou na escola do Barreiro não é um caso isolado, mas uma pratica generalizada nas escolas em Portugal» e afirmando ainda que «Nós pais temos medo, sentimos que não podemos dizer livremente o que pensamos e temos que nos calar, pois quem vai sofrer as consequências são os nossos filhos que estão completamente desprotegidos».


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