País

CTT voltam a falhar todos os indicadores de qualidade em 2022, segundo Anacom

À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, os CTT voltaram a falhar todos os indicadores de qualidade do serviço postal universal em 2022, segundo a Autoridade Nacional de Comunicações – Anacom.

No entanto, desta vez, a empresa não vai ser castigada com um corte nos preços, ao contrário do que aconteceu em outros anos.

“Constata-se que todos os IQS [indicadores de qualidade de serviço] se encontram aquém dos respectivos objectivos de desempenho fixados para o ano 2022″, indica o relatório da Anacom divulgado este mês, adiantando que os dados ainda vão ser alvo de uma “posterior avaliação.

Num dos indicadores, relativo à demora de encaminhamento dos envios de correspondência não prioritária, a meta definida pelo regulador é de 96,3%, mas os CTT só cumpriram 75,9%. De resto, em nove dos 22 indicadores fixados pela Anacom em Abril de 2021, os CTT falharam por mais de 10 pontos.

Era no entanto esperado que a empresa liderada por João Bento falhasse todos os indicadores de qualidade do serviço postal universal. A empresa defende que as metas traçadas pela Anacom são “impossíveis” de cumprir.

A consequência para estes maus indicadores de serviço tem sido a imposição de cortes obrigatórios nos preços do correio, o que no entanto não irá acontecer, isto porque no ano passado entrou em vigor o novo contrato de concessão do serviço postal universal, assinado entre o Governo e a empresa e fechado por ajuste directo.

Nesse contrato ficou estipulado que o Governo aceita incluir na lei outra forma de compensação além da descida dos preços, nomeadamente a definição de obrigações de investimento, o que naturalmente agrada aos CTT, que argumentam que tal permite melhorar a qualidade do serviço e garantir a sustentabilidade financeira.


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