O presidente da Confederação das Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), Jorge Pisco, considera que “muitas empresas não vão conseguir abrir depois de levantado o Estado de Emergência, porque não têm dinheiro para o fazer”.
Jorge Pisco falava à imprensa após uma reunião com o Presidente da República, a quem apresentou “as nossas preocupações, da mesma maneira que diariamente as temos feito chegar ao Gabinete do Primeiro-Ministro.
Com as medidas que o Governo tem apresentado, muitas das micro e pequenas empresas não vão ter condições para reabrir. Sentimo-nos abandonados pelo Governo, que não está a apoiar devidamente as empresas.”
Para Jorge Pisco “se o Governo não ouve as propostas da CPPME, não há empresa que resista. As empresas estão descapitalizadas e não têm verbas para reabrir” e deu como exemplo “os cabeleireiros ou barbeiros, que têm uma área confinada, têm x empregados e recebem x clientes. Como é que podem trabalhar assim, dividem os empregados por turnos?
Outro exemplo são os feirantes, que foram os primeiros a fechar, se não há festas nem romarias, como vão funcionar? Ou os trabalhadores dos espectáculos? Ou os que trabalham com turismo, como os taxistas?
Se a economia não funciona e não se gera riqueza nada irá funcionar. E esta é uma realidade muito negra.”
Para Jorge Pisco “é urgente um fundo de tesouraria e que o Governo tome medidas para desbloquear apoios e desburocratizar processos. Há empresas que não conseguem empréstimos dos bancos porque não têm capitais próprios positivos, e por isso têm de se criar medidas excepcionais, à medida do estado que vivemos neste momento, porque não pode ser tudo igual como estava.”
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