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Covid-19 | Enfermeiros alertam para exaustão e risco de comprometer vacinação

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alertou para a exaustão dos enfermeiros que pode colocar a vacinação Covid-19 em risco.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alertou para a exaustão dos enfermeiros que pode colocar a vacinação Covid-19 em risco, exigindo a contratação de mais profissionais ao Governo.

“Enfermeiros exaustos cumprem 12 e 14 horas de trabalho diário, muitas vezes sem pausas para almoçar e até para ir à casa de banho. Desde o início da pandemia muito tem sido exigido e imposto aos profissionais essenciais e, em particular aos enfermeiros. Nomeadamente o impedimento de gozo de férias e trabalho extraordinário sem limites, em qualquer instituição do SNS.

A vacinação veio exigir ainda mais dos enfermeiros, sem que houvesse a necessária e urgente contratação. A atividade assistencial dos Cuidados de Saúde Primários está, há vários meses, comprometida e agora agravada com o aumento do ritmo de vacinação”, pode ler-se na nota enviada ao Diário do Distrito.

O SEP informa que “esta semana foram informados, com antecedência de um dia, que o horário iria ser alargado das 8 até às 22 horas e que iriam passar a trabalhar também ao domingo. Os enfermeiros consideram este acréscimo de trabalho, sem reforço das equipas, como um desrespeito pelo empenho que têm tido, mas também alertam para o facto de estarem no limiar da sua capacidade de respostas e à beira da exaustão.

Os recentes relatos nos Centros de Vacinação tornam clara a desorganização no agendamento da vacinação, há muito denunciada por estes profissionais às entidades competentes. Esta metodologia está a provocar sobrelotação, filas de espera, impaciência e atritos nos utentes, tendo sido necessário solicitar a intervenção das forças de segurança para proteger os profissionais, como já foi inclusivamente noticiado”.

Os enfermeiros consideram que apesar destes fatores, o Governo mantém “palavras ocas e ausência de resolução dos problemas dos enfermeiros. Impõe trabalho extraordinário que não paga ou tarda em pagar, incumpre na aplicação dos acréscimos devidos no período do estado de emergência e ainda, intoleravelmente, mantém milhares de enfermeiros, com mais de 20 anos de trabalho, sem progressão e a ganhar o mesmo vencimento que um recém-licenciado.

Caso esta situação se mantenha, os enfermeiros não poderão manter o nível de vacinação até aqui conseguido e responsabilizam o Governo pelas consequências que daí decorram”, sublinham.


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