Coronavírus: Governo admite retirar portugueses de Wuhan
As autoridades portuguesas estão a reforçar o apoio aos cidadãos nacionais que se encontram em Wuhan, admitindo a possibilidade de retirá-los daquela cidade chinesa, onde se iniciou o foco do surto.
Fonte ligada ao gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas disse hoje à Lusa que o Governo está “em contacto com os cidadãos e a cooperar com outros países europeus para procurar reforçar o apoio aos compatriotas portugueses retidos” em Wuhan.
Segundo fonte do Governo português, a embaixada portuguesa tem estado a estabelecer contacto com os cidadãos nacionais, tendo identificado cerca de 20 portugueses que são residentes na cidade ou que se encontram em visita.
Ainda segundo a mesma fonte, não é de excluir que se venham a retirar os portugueses daquela cidade, “se isso for viável à luz das regras de saúde pública”.
Num alerta publicado no portal anteontem no portal do Governo, as autoridades portuguesas recomendam aos viajantes que “reconsiderem a realização de deslocações não essenciais à China”.
“Em geral, os viajantes devem permanecer atentos ao constante evoluir da situação, bem como às informações divulgadas nos portais da Direção-Geral da Saúde, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) e da Organização Mundial da Saúde”, lê-se no texto.
Os primeiros casos do vírus “2019 – nCoV” apareceram em meados de dezembro na cidade chinesa de Wuhan, no centro da China, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral.
Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias.
O vírus já matou 41 pessoas na China e infetou mais de 1.300 em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos, Malásia, França e Austrália.
Em Wuhan começou a ser construído um novo hospital, com capacidade para 1.300 pacientes, que estará concluído em duas semanas.
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