Numa conversa informal que aconteceu na Casa do Governador (Museu Marítimo de Sesimbra) lembraram-se as memorias de uma pesca feita no litoral costeiro. Sesimbra e toda o distrito são cada vez mais associados ao turismo mas este concelho continua a ser, como o seu slogan já afirma, “peixe”. Nesta conversa falou sobre a pesca que é feita numa costa que vai desde o Alentejo a Sesimbra.
Na conversa, a professora apresentou o trabalho que tem desenvolvido. Houve um estabelecimento de um paralelo entre Sesimbra e Sines. Muitos dos pescadores sesimbrenses acabam por desenvolver a sua atividade perto do porto de Sines, o maior de águas profundas do país. Esta pesca feita junto da orla costeira é marcadamente tradicional. Pequenos barcos que saem de manhã e voltam no mesmo dia ao porto de Sesimbra, um dos mais rentáveis do país, são habitualmente vistos não só por buzinarem sempre que estão a entrar na Baia, mas também pelas gaivotas que trazem consigo graças ao peixe que carregam.
A faixa costeira que vai do Sado a Sines tem 65 kms e a sua ondulação é influenciada pelo Cabo Espichel. Os pescadores de Sesimbra, que vem a sua atividade restringida no Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, temem a criação de um recife artificial na zona da Comporta. O que iria afetar, ainda mais, os pescadores tradicionais desta região. Esta conversa foi dinamizada por Maria da Luz Correia e faz parte do Pátio das Memórias.
Este projeto pretende divulgar as memórias da vida quotidiana desta região sul do país desde os finais do século XIX até aos dias de hoje. O principal objetivo deste projeto é salvaguardar um património cultural imaterial.
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