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Cónego Luís Manuel viveu a “grande missão da serenidade”

Numa missa de corpo presente celebrada esta tarde por D. Manuel Clemente, o Patriarca de Lisboa referiu – se ao cónego Luís Manuel como um “amigo” que deixa um “legado vivo” à Igreja católica.

A celebração teve lugar pelas 15h00 deste domingo na Sé Patriarcal de Lisboa, onde o cónego Luís Manuel era pároco e onde estará até amanhã em câmara ardente, num caixão colocado no chão, com uma tampa de vidro sobre a qual está o livro dos Evangelhos.

Na homilia, D. Manuel Clemente disse que o “querido cónego Luís Manuel representou muito” no que diz respeito à liturgia.

Recordou também a primeira vez que teve contacto com o cónego, ainda era este um estudante universitário. “Ele pensava naquela altura se o sacerdócio era o caminho”, contou o Patriarca de Lisboa.

Referindo-se à área específica do cónego Luís Manuel – a Liturgia, que trata dos ritos das celebrações – D. Manuel Clemente afirmou que com o Concílio Vaticano II se re-descobriu “o cerne de toda a vida da Igreja, o Mistério Pascal” a partir das suas origens e que o cónego foi fiel a essa re-descoberta do que é essencial, também na reforma litúrgica iniciada na década de 1960.

O Patriarca de Lisboa elogiou também as “dezenas e dezenas de palestras que ficaram no coração de tantas pessoas”, afirmando que o “testemunho e legado” do padre Luís Manuel “continuarão vivos nesta catedral”.

No fim da homilia, D. Manuel Clemente disse ainda que nos últimos 3 a 4 anos, o cónego Luís Manuel viveu uma “grande missão de serenidade”, ao lutar com as dificuldades que a doença e os tratamentos lhe traziam.

“Aí ele viveu intensamente o Mistério Pascal: a Paixão, a morte e, com esta Eucaristia e certamente para sempre, a ressurreição”, concluiu o Patriarca.

No fim da celebração, a irmã do cónego, Maria Helena, com um discurso muito emotivo, agradeceu as mensagens e gestos de carinho que a família tem recebido ao longo destes últimos tempos.

“Querido irmão, sei que estás no Céu e Deus terá outros trabalhos para ti”, começou por dizer a familiar.

“Quando lhe perguntei se alguma vez sentiu revolta por estar doente, ele respondeu: não maninha. Nunca te esqueças que Deus nunca nos abandona e se Ele acha que este é o caminho, assim será”.

O padre Luís Manuel morreu aos 63 anos na passada sexta-feira, vítima de doença oncológica em estado avançado.

Na noite deste domingo está ainda prevista uma celebração litúrgica (Ofício de Leituras) às 21h30 orientada pelo Seminário dos Olivais na Sé de Lisboa e amanhã, pelas 09h30, será celebrada uma missa também nesse espaço.

O corpo do cónego Luís Manuel seguirá depois para a freguesia de São José, em Lisboa, para ser sepultado.

Notícia atualizada: 14-06-2020 às 17h49


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