Comissão Europeia com plano para combater descriminação da comunidade cigana
A Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira, em Bruxelas, um plano para combater a discriminação e o racismo contra a comunidade cigana na União Europeia (UE) nos próximos 10 anos, prevendo que os países criem medidas concretas até 2021.
Em conferência de imprensa a vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, referiu que «nos últimos 10 anos, não fizemos o suficiente para apoiar a população cigana na EU, que continua sujeita a um tipo específico de racismo. Muitos continuam a enfrentar discriminação e racismo: não é aceitável e é imperdoável».
Segundo Vera Jourova «isto é uma cicatriz na inclusão europeia que a Comissão Europeia quer corrigir a situação, com objetivos claros e um compromisso renovado, para se atingirem mudanças claras nos próximos 10 anos».
O plano abrange áreas que vão desde a igualdade, inclusão e participação na sociedade civil, à educação, emprego, saúde e habitação.
Algumas das medidas previstas no plano salientam a necessidade de assegurar que 95% de ciganos têm acesso a água da torneira ou reduzir, pelo menos para metade, a diferença na esperança de vida entre a comunidade cigana e a população geral.
Também as crianças são abrangidas com as medidas, no sentido que estas pretendem reduzir a taxa de risco de pobreza para metade a taxa de 85% das crianças ciganas em risco de pobreza quando comparado com 20% no resto da população infantil do continente, até 2030.
A Comissão apela agora aos Estados-membros que submetam estratégias de implementação enquadradas neste plano até setembro de 2021, encarregando-se o executivo comunitário de acompanhar os progressos na realização dos objetivos estabelecidos até 2030.
O plano é o primeiro passo no Plano de Ação contra o Racismo, uma estratégia promovida pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que visa combater a discriminação e o racismo na UE até 2025.
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