Colo
São inúmeras as investigações no campo da Psicologia que evidenciam o papel fundamental dos afetos no saudável desenvolvimento de um bebé. No polo oposto, a frieza e a presença de figuras de vinculação não reativas e/ou com manifestações comportamentais desadequadas são um fator de risco no que concerne ao desenvolvimento de psicopatologia, nomeadamente quadros de depressão infantil.
Os bebés precisam de colos que envolvam mas não asfixiam, de sorrisos que aquecem por dentro e de quem se apaixone, incondicionalmente por eles.
Mas não serão só os bebés e as crianças que precisam de colo. Nós adultos, quando nos permitimos construir relações de verdadeira intimidade emocional e física, também sentimos necessidade de dar e receber colo.
O colo acolhe, desnuda sem fragilizar e empodera com a força dos braços que nos rodeiam.
Cuidar e ser cuidado, é uma reciprocidade que encontro nos casais que praticam uma comunicação transparente e uma relação igualitária, na qual um não sente necessidade de dominar o outro.
Cuidar e ser cuidado, surge onde amor se conjuga com liberdade de ser e a expressão dos afetos acontece sem falsos pudores e/ou rodeada de preconceitos. Onde lágrimas e gargalhadas podem coexistir e partilhar o palco da intimidade.
Dar e receber colo, um bem de primeira necessidade para a sua saúde mental. Use e abuse!
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