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CML aprova tarefas do município para Jornadas da Juventude

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) aprovou, esta quarta-feira, o modelo organizativo e estrutural no âmbito das competências do município para a realização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa E2023 (JMJLisboa2023), em que prevê investir “mais de 30 milhões de euros”.

Em reunião privada do executivo camarário, a proposta foi aprovada com voto contra do BE, a abstenção da vereadora independente eleita pela coligação PS/Livre e os votos a favor dos restantes.

“Foi concluído o processo de clarificação das diferentes incumbências a todas as entidades envolvidas e, em particular, aquilo que é esperado da Câmara Municipal de Lisboa, é vantajoso que se transmita à cidade e a todos os intervenientes na preparação da JMJ Lisboa 2023 o seu empenho para que o evento tenha o sucesso que se pretende”, é referido na proposta apresentada pelo vice-presidente da câmara, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem a competência executiva de preparação e organização da JMJLisboa2023.

Questionada sobre o valor que a CML vai investir na preparação e organização da JMJLisboa2023, Anacoreta Correia disse, em resposta à Lusa: “Está em avaliação, mas estimamos que sejam mais de 30 milhões de euros”.

A vereadora do BE, Beatriz Gomes Dias, justificou o voto contra por a proposta conter “um conjunto de incumbências da CML, em que se incluem a criação de altares, zonas de sacristia, estruturas para zonas de lojas e serviços, corredores e circuitos de evacuação ou ponte da ciclovia sobre o rio Trancão, sem divulgar os custos associados e contratos que o justifiquem”.

O presidente da câmara, Carlos Moedas, anunciou que tem 21 milhões de euros disponíveis para o evento, com base num empréstimo bancário, e poderá gastar até 35 milhões de euros, o BE voltou a exigir “transparência na contratação pública e no uso dos dinheiros públicos”, assim como garantia do cumprimento da legislação laboral a quem vai trabalhar nas JMJLisboa2023 e as medidas de mitigação do impacto do evento nos transportes, resíduos sólidos e outras respostas.

“Como nenhumas destas questões foi assegurada, mas a câmara vai comprometer-se com questões que só beneficiam o evento e não Lisboa, o Bloco votou contra”, frisou.

Em 29 de julho, a CML indicou que dispõe de 21 milhões de euros aprovados para a JMJLisboa2023 e está disponível para investir “até um total de 35 milhões de euros”.

A informação foi transmitida ao primeiro-ministro, António Costa, através de uma missiva, defendendo que os compromissos do Estado devem ser “no mínimo paritários” com esforço da autarquia e lembrando que em outros grandes eventos em Portugal “os apoios do Governo foram claros”.

A realização da JMJLisboa2023 vai envolver “vários espaços da cidade de Lisboa — nos quais decorrerão eventos diários e uma programação diversificada –, nomeadamente Parque Tejo, Parque Eduardo VII, Terreiro do Paço, Alameda Dom Afonso Henriques e/ou Parque da Belavista”, segundo a proposta, que elenca as várias tarefas da câmara nestes espaços, desde a recuperação do aterro sanitário de Beirolas aos palcos com área para ‘backstage’.


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