CEO da TAP não revela o valor do bónus que tem a receber caso a reestruturação seja cumprida

No decorrer das várias polémicas que a transportadora aérea portuguesa tem atravessado, a sua presidente executiva garante que tem as condições necessárias para permanecer no cargo. Christine Ourmières-Widener, tem um ordenado anual superior a 500 mil euros e terá direito a receber um bónus, daqui a dois anos, se o plano de reestruturação da empresa for cumprido. No entanto, não quis revelar o valor do prémio, mesmo com a insistência dos deputados.

“A maior parte das pessoas diz-me que ser CEO da TAP é talvez o trabalho mais difícil deste país. Eu tenho trabalhadores a vir ao meu gabinete, quando o salário de um diretor é publicado com o nome, as pessoas vão chorar ao meu gabinete. As pessoas veem os seus nomes nos jornais, toda a vida delas, com as pessoas a lerem quanto é que eles ganham… e essas pessoas trabalham noite e dia para alcançar resultados. Sim, é difícil. As pessoas estão a sofrer”, declarou Christine.

Apesar de auferir de um salário de 504 mil euros anuais, a executiva afirmou que esse número é 37% mais baixo do que o do seu antecessor e que toda a equipa de gestão da TAP ganha em média menos 40% do que a anterior gestão da empresa.

“Gostaria de saber qual é esse bónus, se está publicado em algum relatório da TAP e se esse bónus pode ser recebido em caso de despedimento por justa causa. Já foi aqui feita a pergunta, não foi para mim clara a resposta”, questiona Mariana Mortágua do Bloco de Esquerda.

No entanto, não houve resposta para a pergunta da deputada e o valor mantém-se incógnito.

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