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“Centenas de rádios locais declaram falência”

No próximo dia 26, os portugueses vão às urnas para votar nos que consideram ideais para representar os interesses do país na União Europeia nos próximos anos. Contudo, para as rádios locais presentes em Portugal, esses mesmos interesses têm de começar a ser procurados desde já. Para que as suas “frequências” sejam ouvidas, são várias as rádios locais que se juntam e “batem o pé” à descriminação na atribuição de tempos de antena durante as campanhas eleitorais já que o que acontecee com as emissoras nacionais não é a mesma realidade da Rádio Sines, por exemplo, que apenas recebe apoios do Estado na transmissão dos tempos de antena para as eleições autárquicas, legislativas e para os referendos.

Para além disso, a APR – Associação Portuguesa de Radiodifusão- prevê que serão muitas as rádios locais que terão que fechar portas dado os 5% que têm que transferir da sua receita mensal para a PASSMÚSICA, uma organização privada que representa vários autores, compositores, músicos, etc… Para além disso estas mesmas rádios têm ainda que pagar à SPA – Sociedade Portuguesa de Autores – uma verba para passarem as diferentes músicas.

É de conhecimento comum que as rádios e todos os meios de comunicação social locais passam imensas dificuldades para continuarem a trazer à população sejam notícias, sejam entretenimento diretamente ligado à região.  A APR em declarações ao Diário do Distrito explica que “para além das rádios locais a PASSMÚSICA já preparou uma tabela para as rádios com emissão online, valores, esses que não sabemos”.

Os espaços publicitários são o grande financiamento destes mesmos meios que cada vez se vêm com menos subsídios e apoios e mais impostos e taxas que aos poucos lhes vai tirando qualquer tipo de sustento para exercerem funções.

Procura-se com este boicote que foi iniciado a partir desta segunda-feira que a população e principalmente o Estado consiga perceber a importância que as rádios locais têm para as populações e que a comunicação social não se encontra apenas nos grandes “tubarões” nacionais, mas também nestas entidades que procuram fornecer ao cidadão o acesso à informação, característico da democracia. JR


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