CEITE DE COR | O que é que acontece quando cinco professoras se juntam? Música!
Tudo começou com o confinamento. Cinco professoras da Escola Secundária de Pinhal Novo estavam em casa e, numa brincadeira, surgiu a ideia de criar um grupo que cantasse canções conhecidas com letras próprias, sobre assuntos da atualidade e outros. O Diário do Distrito esteve à conversa com Ilda Moreira, uma das integrantes dos CEITE de Cor.
«O grupo surgiu num pequeno desafio que fiz à professora Elisabete Isidoro. Ela canta há muitos anos e pôs no facebook um vídeo. Eu, em tom de brincadeira, desafiei-a a cantar sobre a situação da pandemia. Ela aceitou e eu fiz uma letra baseada na música “Pica do 7″. Depois, as cinco, decidimos fazer um videoclipe para a canção. Cada uma fez filmagens em casa e pedimos a um aluno que percebe de edição de vídeo, Afonso Carlos, para editar. Tudo isto porque estávamos em confinamento e cansadas de toda a envolvência que tinha preparar as aulas online e síncronas com os alunos dos vários anos».
Carla Brinca, Elisabete Isidoro, Elsa Andrade, Ilda Moreira e Teresa Fernandes formaram o grupo. Posteriormente juntaram-se José Ricardo e Sandra Tapadinhas. «Começámos as cinco e foi daí que surgiu o nome. CEITE é a junção das iniciais de cada nome. Os outros dois membros entraram depois. Queríamos gravar uma versão da música “Mãe Querida“, mas não conseguimos encontrar um instrumental sem os coros originais. Como eu conheço o José Ricardo há muitos anos, falei com ele, como é músico e tem um estúdio, percebe disto, e pedi-lhe se não conseguia arranjar só a música e explicamos o porquê. Então, a partir daí, começámos a ir ao estúdio dele gravar e ele também ficou no grupo, e agora, recentemente, a esposa dele, Sandra, também. O nome ficou. Somos 7 elementos, mas a professora Carla Brinca, por fazer parte do grupo de risco, está em “pausa”. Dá o apoio e colabora no possível, mas não pode sair de casa».
O grupo já tem disponível no canal de Youtube quatro músicas e conta em lançar, pelo menos, mais cinco. «Já temos mais duas músicas gravadas e temos mais, para além dessas, duas ou três escritas. Não vamos lançar tudo ao mesmo tempo. Posso dizer que, à partida, a próxima será sobre o arranque do ano letivo».
Sobre o futuro do projeto, Ilda Moreira deixa claro que não deve ser levado com algo sério. «Para nós isto começou e continua a ser uma brincadeira. Obviamente que não vamos levar isto muito a sério, até porque nós não temos formação musical, tirando o José, a Teresa e a Elisabete. Há aqui muito trabalho de estúdio, há muito trabalho do Zé, porque nós, as restantes, somos muito desafinadas. Dá-nos imenso prazer e é interessante porque, como as nossas primeiras músicas foram relacionadas com a escola, o feedback dos colegas professores foi fantástico. Enquanto nós nos formos divertindo, o projeto continua. Obviamente que não queremos ir para palcos, fazer espetáculos. O que nós queremos é divertimo-nos e divertir que nos ouve e vê».
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