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CDS-PP quer explicações do primeiro-ministro ao caso Alter do Chão e Fernão Ferro

Francisco dos Santos quer esclarecimentos por parte de António Costa sobre os casos que envolvem agressões a agentes de autoridade.

 O presidente do CDS-PP desafiou hoje o primeiro-ministro a dar explicações sobre situações de agressões e intimidação a polícias, reiterando que o ministro da Administração Interna “já não consegue levar a cabo o seu trabalho”.

“Ao Governo exige-se que governe, que guarde quem nos guarda, que restaure a autoridade pública das nossas polícias, e que clarifique o que se propõe fazer, no imediato, para punir os autores destes crimes, para dotar as forças de segurança com os meios humanos e materiais para o cumprimento da sua missão, e acabar com o clima de impunidade que vai grassando no nosso país e coloca em risco a segurança dos nossos concidadãos”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, numa nota à imprensa.

O líder democrata-cristão refere-se, em concreto, a duas situações relatadas nos últimos dias na comunicação social, uma passada em Alter do Chão (Portalegre) e outra em Fernão Ferro (Setúbal), que considera configurarem “um vexame inaceitável” para as forças de segurança.

“Soube-se, pela comunicação social, que a GNR foi recebida com insultos, ameaças e tentativas de agressão quando, no cumprimento da sua missão, tentou pôr cobro a uma festa que durava há vários dias no concelho de Alter do Chão. A intimidação foi de tal ordem que a GNR foi forçada a regressar ao seu posto, reconhecendo a falta de meios para impedir a continuação dos festejos”, refere.

Por outro lado, Rodrigues dos Santos alude a outra situação ocorrida na semana passada, em que “durante a captura de um foragido da justiça, em Fernão Ferro, dois militares da GNR foram baleados pelo criminoso, o qual acabou por ser abatido”.

“Depois disto, soou o alerta de que andam grupos armados à procura de vingança sobre as forças policiais. A GNR, em resposta à ameaça, mandou fechar as portas dos postos e pôr agentes com colete antibala”, acrescenta.

Rodrigues dos Santos defendeu que a reação a este tipo de situações deveria ser a oposta: “Abrir as portas das esquadras, reforçar patrulhas, proteger a autoridade dos agentes, capacitar as polícias dos meios humanos e materiais para enfrentar quem ameaça a segurança dos cidadãos, a paz social e a ordem pública, e submeter a um juiz os infratores da lei”.

“O silêncio do Sr. ministro da Administração Interna comprova, uma vez mais, a sua incompetência para o exercício do cargo e coloca a nu a falta de uma política consistente de segurança pública”, refere.

No entanto, acrescenta, se Eduardo Cabrita “já não consegue levar a cabo o seu trabalho”, o líder do CDS-PP apela que seja o primeiro-ministro, António Costa, a dar explicações ao país.

Em relação à situação de Fernão Ferro, o ministro da Administração Interna já anunciou ter pedido à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito sobre o tiroteio.

Também a GNR avançou à Lusa que decidiu reforçar a proteção dos seus militares após esse tiroteio, no qual morreu um suspeito e ficaram feridos dois elementos da guarda, mas assegurou que mantém inalterada a atividade e a segurança dos postos territoriais.

Fonte oficial do comando-geral da GNR disse na quinta-feira à agência Lusa que “habitualmente os postos mantêm as portas fechadas à noite, não tendo havido qualquer alteração” após o incidente de Fernão Ferro.


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