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CDS/PP e MIM unem-se nas autárquicas em Palmela

A eleições autárquicas que vão decorrer este ano já ‘mexem’ com as apresentações públicas de candidatos por todo o país, e muitos deles com a presença dos líderes de cada Partido.

Hoje, Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS/PP, participou na iniciativa que decorreu no Pinhal Novo, e que deu a conhecer publicamente os candidatos da nova coligação para Palmela, que junta o CDS-PP Palmela e o MIM – Movimento Independente pela Mudança, liderado por José Calado, que há quatro anos conseguiu um mandato de vereação na Câmara Municipal.

É José Calado que encabeça a lista, “o melhor candidato que temos, um homem de causas, cujo exemplo é a missão que assumiu à frente dos Bombeiros do Pinhal Novo”, referiu João Merino, presidente da Distrital do CDS-PP.

“José Calado é alguém que acredita na mudança e tem capacidade para a construir, não por interesses partidários, mas a favor de Palmela”.

Sobre a opção que acabou com a coligação que  o CDS-PP mantinha com o PSD no concelho, João Merino frisou apenas que “não trocaríamos equipas para manter uma coligação com os parceiros de sempre, quando achamos que se pode fazer melhor”.

O cabeça-de-lista, que é acompanhado na lista por Jorge Emídio, para a Assembleia Municipal de Palmela, optou por falar “nas carências do concelho e nos aspectos que são urgentes mudar, uma vez que o actual executivo presta um péssimo serviço à população no apoio aos investimentos” e recordou uma situação de um empresário que recentemente foi “pedir quase em lágrimas à reunião camarária, para aprovar um projecto que tem para Palmela, porque a demora na resposta coloca-o em risco de perder todo o investimento já feito.

Comigo as coisas têm de se resolver rapidamente, porque todos os investimentos são indispensáveis ao concelho.”

Apontou também como urgente “a situação caótica do lixo, uma das primeiras coisas que encara quem nos visita”, a questão “da Proteção Civil, que merece ser tratada com mais rigor e financiamento” e ainda o problema dos loteamentos clandestinos “que foram crescendo ao longo de quarenta e tal anos, e cujos proprietários são tratados de forma indigna, chegando o presidente a afirmar que ‘têm de esperar pelas infraestruturas porque não pagaram taxas’. Mas então quem é que permitiu, ao longo deste tempo, que as casas fossem construídas? Se deixaram construir as casas, têm de garantir qualidade de vida para essas pessoas.”

Outro aspecto referido por José Calado foi “a falta de apoio à terceira idade, porque faltam condições para melhorar a vida dos mais idosos”.

O candidato apelou ainda ao voto “queremos o apoio de todos porque faremos um trabalho melhor e mais digno. Para todas estas questões, temos respostas  no nosso programa eleitoral, e por isso a mudança tem mesmo de acontecer, e se foi o slogan que escolhi há quatro anos, agora ainda faz mais sentido, e estou convencido de que irá acontecer, porque a Esquerda já comprovou que, em tudo o que toca, deixa um buraco, e vimos isso pelo mundo e nos concelhos onde governam.”

«Resposta de Eduardo Cabrita ao CDS-PP foi uma ordinarice»

Após agradecer a todos os candidatos e também “a quem tem feito um trabalho exemplar nas autarquias nestes quatro anos, como o João Merino, José Coutinho, da JP, o Rui Torres, a Palmira e a Anabela e a Linda Oliveira, que renovou o CDS-PP no concelho e o abriu à sociedade civil”, Francisco Rodrigues dos Santos frisou que “este é um partido de pessoas para pessoas, e os candidatos que aqui temos são uma lufada de ar fresco, com uma boa proposta política e única, a verdadeira alternativa ao actual regime comunista.”

No seu ponto de vista “o CDS-PP está neste momento no distrito como há muito não se via, com candidaturas vencedoras e pessoas sem vícios de um passado que nos envergonha”, referindo-se depois a José Calado como “um representante dos valores em que acredito na política: homem de família e empresário, que conhece bem as dificuldades da vida e ao mesmo tempo, com um espirito de missão, com o qual valorizou o trabalho dos Soldados da Paz no Pinhal Novo, sem precisar de um partido político para o fazer.”

O líder centrista afirmou ainda ter “muito orgulho em que o CDS-PP apoie um candidato independente, porque defendemos valores e não interesses políticos, estamos preocupados com quem precisa e respeitamos a nossa história e a cultura, sem andarmos em perpétuos arrependimentos pelo passado”.

Com duras críticas para “a política do PS apoiada pelo PCP, que criaram uma teia de controlo do Estado, apoiados pelo BE, como nunca se viu desde o 25 de Abril, e se um faz mal, o outro faria pior e por isso temos um país cada vez mais atrasado apoiado num colectivismo que aniquila a liberdade individual”, e defendeu que “na política é preciso gente que tenha espírito de serviço e não plataformas politico-partidárias e uma voz diferente”.

Acerca de Palmela, considerou a necessidade de “tornar o concelho mais atractivo, com apoio às famílias e idosos, com ética e moral”.

A questão ‘quente’ dos últimos dias opôs o CDS-PP ao ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, tema que foi também abordado por Francisco Rodrigues dos Santos, após o partido ter proposto “a demissão imediata do ministro Eduardo Cabrita, como já o fizemos no passado, porque vai acumulando situações desastrosas e escandalosas, mas também pedimos uma audiência ao senhor Presidente da República, porque na sua tomada de posse jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição”.

O assunto surgiu após a referência do líder centrista à urgência “do combate à corrupção, que não se vai fazer pelos mesmos de sempre”, aludindo ainda a uma notícia publicada no jornal El Mundo “que refere ser Portugal o país da Europa que menos combate a corrupção. E esse combate também começa nas autarquias, que são uma grande fonte de promiscuidade entre a política, os negócios e também, muitas vezes, a magistratura.”

A demissão foi pedida pelo CDS-PP na sequência da requisição civil do empreendimento turístico ZMAR para alojar imigrantes que trabalham em atividades agrícolas em Odemira e que mereceu comentários de Eduardo Cabrita “num tom muito inapropriado, eu diria até a roçar a ordinarice, a referir-se ao nosso partido, quando nós exigimos, e bem, a sua imediata demissão”.

As críticas continuaram contra o ministro do MAI, com o líder centrista a mencionar que “a questão do ZMAR é apenas a ponta do icebergue, de um barco que está completamente à deriva na Administração Interna”, relembrando “o escandaloso resultado que foi o caso do SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, as golas antifumo, a compra dos helicópteros Kamov, as condições deploráveis das nossas forças de segurança, e de aparecer numa eleição um boletim de voto com alguém que nem poderia ser candidato, porque não cumpriu as formalidades”.

Francisco Rodrigues dos Santos garantiu ainda ao candidato da coligação que “estarei cá para, consigo, explicar porta a porta porque é que José Calado é o melhor candidato e eleito para Palmela”.


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