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Câmara de Almada procura soluções para resolver carências habitacionais no concelho

“Uma cidade do século XXI não deve ser capaz de conviver com estes núcleos degradados dentro das suas fronteiras”, disse à agência Lusa a vereadora da Habitação, Maria Teodolinda Silveira, garantindo que a autarquia está empenhada em encontrar uma solução para as “cerca de 2.200 famílias” que vivem em 62 bairros degradados.

Para fazer face a esta problemática e encontrar financiamento, a Câmara de Almada está a candidatar-se aos programas Primeiro Direito e Porta de Entrada, dinamizados pelo Governo, contudo, garante que não está nos horizontes a construção de bairros sociais.

“O município está na disposição de aproveitar todas essas disponibilidades para encontrar uma solução que passe, sim, por outros modelos que não o de construção de bairros sociais como fizeram há 20 ou 30 anos. Penso que [a opção tomada para] o bairro da Jamaica será uma solução que está neste quadro”, indicou.



A autarca referia-se ao modelo de compra de habitações dispersas no concelho, que foi adotado recentemente pela Câmara Municipal do Seixal, no distrito de Setúbal, para realojar os moradores de Vale de Chícharos, mais conhecido como bairro da Jamaica.

Outra opção a considerar, segundo Maria Teodolinda Silveira, é um subsídio para ajudar a pagar as rendas, o qual está a ser estudado por um grupo de trabalho.

“O grupo está a construir aquilo que o Governo nos pede, que é uma estratégia local de habitação, e esta não significa encontrar casas, mas pensar o território na ótica de respeitar determinados parâmetros e responder também às necessidades que temos da população, passando por situações de arrendamento apoiado. Muitas vezes encontramos uma família que não tem casa e o problema maior não é a casa, é de rendimentos para aguentar a casa”, explicou.

O problema da habitação em Almada é complexo e, na visão da vereadora, não pode ser resolvido em dois ou três anos e muito menos sem a colaboração do Governo, no entanto, o importante é “começar”.



“O que não existe dúvidas nenhumas é que tem que se começar e para isso é preciso conhecer o que existe do lado da necessidade e da eventual oportunidade. Conhecendo isto é avançar, devagar, com cuidados, com estudos feitos e com a perspetiva que as soluções são graduais”, defendeu.


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