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Burcas e véus islâmicos proibidos em escolas de estado alemão

O Governo de Baden-Württemberg proibiu o uso de véus islâmicos e burcas às raparigas nas escolas primárias e secundárias, afirmando que esta indumentária não faz parte de uma sociedade livre.

Bade-Württemberg é um estado federal localizado no sudoeste da Alemanha, a leste do Alto Reno e cuja capital é Estugarda.

A decisão foi tomada esta terça-feira, e segue-se à que já tinha sido anteriormente tomada em relação às professoras sobre o uso destas vestes.

Winfried Kretschmann, primeiro-ministro do estado de Baden-Württemberg, disse que era raro as estudantes usarem burcas, mas que era necessária uma proibição para casos excecionais e acrescentou ainda que esse vestuário, usado geralmente por mulheres e crianças de famílias muçulmanas conservadoras, não têm espaço numa sociedade livre.

O governante alemão, do partido conservador CDU admitiu, no entanto, que o seu banimento das universidades é uma questão mais complexa.

O partido Os Verdes, mais liberal sobre este tema, também está dividido, mas em Baden-Württemberg, os seus líderes apoiaram a decisão da CDU, considerando a burca e o véu islâmico como “símbolos de opressão”, embora outra fação considere que a proibição poderá provocar tensões e afetar negativamente a integração cultural da comunidade muçulmana.

Em 2015, o Tribunal Constitucional da Alemanha anulou uma lei que proibia o seu uso pelos professores, declarando que era contra a liberdade religiosa. Todavia, oito estados mantêm restrições ao uso de véus pelo pessoal docente feminino.

Também a lei francesa proíbe o uso de símbolos religiosos ostensivos, como o véu islâmico, o quipá judaico ou os grandes crucifixos, nas escolas públicas.


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