Montijo

Bombeiros do Montijo acusam direção de não explicar a utilização de 55 mil euros doados pela Câmara

Um grupo de bombeiros voluntários do Montijo, que admite representar 57 dos 64 elementos da corporação, enviou uma nota de imprensa à comunicação social, onde acusa a direção de não dar explicações sobre a utilização de 55.000 euros doados pela Câmara Municipal do Montijo.

As suspeitas levantadas em comunicado dizem respeito a uma adenda ao protocolo celebrado em 2019 entre a direção dos bombeiros e a Câmara Municipal do Montijo, que estabelecia o financiamento de 5.000 euros por mês (60.000 euros/ano) para a criação e manutenção de um serviço de Piquete de Prevenção Permanente com cinco bombeiros.

O protocolo visava dar resposta às solicitações no período noturno, feriados e fins de semana, mas os bombeiros alegam que, dos 60.000 euros só 5.000 euros foram aplicados no pagamento de piquetes.

“A título de exemplo, quando em 2019 foi constituída a Equipa de Intervenção Permanente, uma equipa profissional para o socorro das 09h00 às 18h00,a Associação recrutou trabalhadores que já constavam nos seus quadros e nunca os substituiu.Só em 2020, um ano depois, abriu concurso para a admissão de Bombeiros.Não tendo, no entanto, este concurso resultado em qualquer admissão. Talvez pelos valores contratuais de início de carreira não se tornarem apelativos à entrada de novos”, explicam em nota.

“Há dinheiros públicos da Câmara Municipal, que são dados à direção com um fim específico, nomeadamente a referida verba de 5.000 euros por mês, para ser aplicada no pagamento dos piquetes de voluntários. E não foi”, afirmou um bombeiro à agência Lusa um bombeiro que pediu anonimato.

Os bombeiros que assinaram a nota pedem a demissão da atual direção, por alegada “incompetência”, que afirmam ter como consequência “uma degradação da prestação de socorro à população, com mais de 150 serviços recusados desde novembro último, por falta de pessoal”.

“Esses serviços foram assegurados por outras corporações, o que significa que, em muitos casos, o socorro à população local foi muito mais demorado”, completam os bombeiros do Montijo.

E avisam que grande parte do efetivo da corporação pode pedir a “inatividade”, pelo comportamento dos atuais dirigentes, que, para os signatários da nota de imprensa “revelam total desconhecimento sobre os bombeiros e  comportam-se como se estivessem a dirigir uma coletividade”.


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