Cantinho da BicharadaMundo

Bento XVI e a paixão pelos gatos

Joseph Ratzinger, o Papa emérito Bento XVI, que morreu a 31 de dezembro, aos 95 anos, tinha uma paixão por gatos, animais que sempre o acompanharam, incluindo já na qualidade de Papa da Igreja Católica.

No Vaticano, mantinha junto a si dois felinos, um deles recolhido das ruas de Roma onde, antes do conclave de 2005 que o elegeu como Bento XVI, o então Cardeal Ratzinger costumava ser visto a alimentar e a falar com os gatos errantes, tidos em grande consideração nesta cidade.

É essa a história que contou o cardeal Tarcisio Bertone em entrevista ao jornal espanhol ABC em 2005, que um ano depois se tornaria secretário de Estado da Santa Sé.

Nesta entrevista referiu que Bento XVI «era apaixonado por gatos» e que «enquanto andava pelas ruas de Borgo Pio ao Vaticano, parava para conversar com os gatos; não sei em que língua falava com eles, mas os gatos ficavam encantados.

Quando o cardeal (Ratzinger) se aproximava, os gatos levantavam a cabeça e o saudavam», disse Bertone.

O mais famoso gato que passou pela vida de Bento XVI chamava-se Chico (em alemão Kico) e de acordo com a agência de notícias Rome Reports, Chico pertencia aos vizinhos da frente de Joseph Ratzinger, em Pentling, na Alemanha.

Durante algum tempo, Chico viveu com a família de Ratzinger, mas regressou aos seus tutores, o casal Rupert e Therese Hofbauer, quando Ratzinger saiu de Pentling.

E é precisamente ‘Chico’ quem protagonizou a primeira biografia autorizada do Papa, quando em 2007, protagoniza o livro infantil «Joseph e Chico – Un gatto racconta la vita di papa Benedetto XVI» (Joseph e Chico – Um gato conta a vida do papa Bento 16), que narra a vida de Joseph Ratzinger até sua eleição como papa.

O livro foi publicado em italiano pela Edizioni Messaggero de Pádua e depois foi traduzido para outras línguas, e foi escrito pela jornalista Jeanne Perego com ilustrações de Donata Dal Molin Casagrande.

A história vai sendo contada por Chico, o gato que se apresenta como um dos animais que acompanhou Joseph Ratzinger durante sua infância e comenta que Bento XVI é seu amigo e «guia de todos os católicos».

«Joseph e Chico» tem introdução do secretário pessoal do papa, o arcebispo alemão George Gänswein, que escreve: «Quantas coisas são escritas e ditas todos os dias sobre o papa? Mas aqui, queridas crianças, vocês encontrarão uma biografia diferente das outras porque quem a conta é um gato, e não é todo dia que um gato considera que o Santo Padre é seu amigo e começa a escrever sua história.»

Em novembro de 2007, a autora conseguiu entregar o livro a Bento XVI, que comentou que «quando eu era jovem, teria gostado de escrever uma história sobre gatos, mas agora são os gatos que escrevem minha história».


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