Atualidade

Autoridades não gostam das afirmações do Ministro do MAI

Foi numa entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que os polícias compram equipamentos de proteção pessoal às suas expensas porque querem e não por necessidade. As afirmações do ministro causou polémica no seio das forças de segurança que não aceitam o ‘sacudir de água’ do Governo.

Eduardo Cabrita terá mesmo dito que “Compram porque o querem e não têm nenhuma necessidade de o fazer. É preciso dizê-lo com toda a transparência”, segundo fonte próxima da GNR disse ao Diário do Distrito que em alguns postos daquela força existem só 3 coletes à prova de bala para um posto com cerca de 10 homens e mulheres. Um militar que não quis ser identificado pela nossa equipa, por medo de represálias, afirmou que tudo é à sua conta, até a lanterna que é usada em ocorrências de trânsito, foi uma compra que teve que fazer do seu bolso.

Os operacionais das forças de segurança dizem que as afirmações do ministro do MAI é uma afronta a todos aqueles que preservam a segurança e o bem estar das populações.

O ministro afirmou ainda na entrevista que deu que “Por exemplo, no ano passado gastámos mais de 100% da previsão inicial em viaturas e equipamentos de proteção individual. Gastámos menos em infraestruturas, porquê? Porque há um ciclo de obra que é diferente. É preciso fazer o projeto, lançar o concurso e, portanto, a despesa em obra vai concentrar-se em 2021 porque as obras – algumas já estão feitas e vão ser inauguradas – têm um ciclo que é diferente de comprar radares, alcoolímetros, coletes, que são coisas mais rápidas”.

Diário do Distrito sabe que em mais de 90% das obras de novos postos e destacamentos são assegurados pelas autarquias locais, o caso de Palmela é um desses exemplos, onde a Câmara de Palmela cedeu o terreno para a construção do novo Destacamento da GNR e foi ela quem lançou o concurso público para a construção, sendo posteriormente pago pela tutela.


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