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Autoridades chinesas oferecem recompensa na denúncia de actividades religiosas

As autoridades da China estão a oferecer recompensas a quem denunciar actividades religiosas cristãs, e a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alerta no seu mais recente relatório sobre liberdade religiosa na China, que o país está a viver «a mais séria repressão desde a Revolução Cultural».

Na China as actividades religiosas cristãs são consideradas ‘ilegais’, o que a AIS afirma ser uma «nova estratégia para a limitação destas e ao mesmo tempo detectar a infiltração ilegal de estrangeiros, mas também poderá permitir o acesso às autoridades comunistas sobre ‘atividades transregionais não autorizadas, pregação e distribuição de obras religiosas impressas e produtos audiovisuais fora dos locais de culto’, ‘doações não autorizadas, ou reuniões em casas particulares’», explica a AIS na informação enviada à Agência ECCLESIA.

A fundação pontifícia, através do jornal ‘China Christian Daily’, na província de Heilongjiang, no nordeste do país, adianta que o sistema de recompensas entrou em vigor recentemente e quem as realiza, usando o telefone, email ou carta, pode receber até mil yuans, ou seja, cerca de 130 euros.

Segundo a AIS «a política é mais centralizada, a repressão é mais intensa e generalizada, e a tecnologia está a ser aperfeiçoada para a criação de um Estado de vigilância.

Sob a atual liderança de Xi Jinping, as perspetivas para a liberdade religiosa, e os direitos humanos em geral, estão a tornar-se cada vez mais frágeis» refere o relatório publicado em Abril deste ano.

O artigo 36.º da Constituição chinesa de 1982 (revista em 2018) afirma que «os cidadãos da República Popular da China gozam de liberdade de crença religiosa. Nenhum departamento estatal, organização pública ou indivíduo pode forçar as pessoas a acreditarem ou não acreditarem numa religião ou discriminar pessoas com base em crenças religiosas».

Desde Março de 2018, a religião tem estado sob a direcção do Departamento de Trabalho da Frente Unida, uma agência do Partido Comunista Chinês (CCP), assumindo assim a Administração Estatal dos Assuntos Religiosos. Como consequência, o PCC tem controlo directo sobre os assuntos religiosos.


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