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Autarquias da Moita, Palmela e Seixal exigem reposição de horários e carreiras dos TST

As autarquias da Moita, Palmela e do Seixal já se manifestaram contra as alterações de horários que a Transportes Sul do Tejo implementou a partir desta segunda-feira, conforme o Diário do Distrito noticiou.

Em comunicado, a Câmara Municipal da Moita refere ter sido «surpreendida pelo anúncio feito pela empresa Transportes Sul do Tejo (TST) na passada sexta-feira, 3 de janeiro, de supressão de circulações e alteração de horários em mais de trinta carreiras em toda a Península de Setúbal, abrangendo o território do Concelho da Moita, designadamente na carreira 333».

Segundo a autarquia, estas alterações foram implementadas pelos TST «sem a necessária autorização da Área Metropolitana de Lisboa (AML), o que é inaceitável», sendo que «na nova situação de tutela da AML e dos Municípios sobre os transportes rodoviários não é admissível que as operadoras de transportes continuem a decidir unilateralmente sobre horários e carreiras, com indiferença pelas necessidades e interesses dos utentes e da mobilidade na Região, como acontecia anteriormente, com a complacência da tutela da Administração Central».

A Câmara Municipal da Moita garante ainda estar a acompanhar «as diligências desta entidade para a resolução da situação criada» e «repudia totalmente a opção dos TST e exige a reposição imediata dos horários e carreiras em vigor até à passada semana».

Também a Câmara Municipal do Seixal emitiu um comunicado no qual «lamenta que uma vez mais os munícipes do concelho do Seixal voltem a ficar prejudicados no que concerne à utilização de transportes públicos.

Os novos horários nos Transportes Sul do Tejo (TST) que entraram hoje em vigor reduzem e extinguem o número de carreiras, tendo sido suprimidas quatro, bem como diminuem a sua frequência, prejudicando assim os munícipes que utilizam este meio de transporte para se deslocarem no seu dia a dia.»

A autarquia frisa que nos últimos anos tem vindo a ocorrer uma «constante supressão de carreiras e atrasos nos horários, dificultando a vida dos munícipes» e exige que «se reforce a oferta de carreiras, em vez de diminuírem», bem como «o cumprimento integral das carreiras previstas e a reposição das carreiras retiradas, a fiscalização e garantia do cumprimento das obrigações de prestação do serviço público por parte da empresa, com a devida articulação por parte da AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes e do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes, IP, tendo enviado um ofício à Área Metropolitana de Lisboa a solicitar a intervenção nesta matéria».

Relativamente às ações tomadas, a autarquia seixalense explica que irá enviar ao Ministério do Ambiente, que tutela a área dos transportes urbanos, «um ofício para que sejam rapidamente diligênciadas medidas para reverter esta situação».

O Município de Palmela também emitiu uma nota na sua página oficial onde dá conta que entre as supressões está a carreira 565, que abrange o concelho de Palmela, o que «representa o desaparecimento de todas as ligações rodoviárias, durante o fim de semana, entre Palmela e Lisboa (via ponte Vasco da Gama)».

Também este município explica que «o contrato de concessão e o contrato interadministrativo celebrado com a Área Metropolitana de Lisboa estipulam que estas alterações devem ser alvo de parecer prévio por parte dos municípios» e lamenta não ter sido consultado nem informado sobre esta alteração, «que causa grande transtorno aos utentes».

Neste contexto, o município solicitou esclarecimentos «à AML e aos TST e demonstrou a sua total discordância face à medida, que põe em causa o serviço público prestado à população e constitui um retrocesso no caminho trilhado em 2019, com o novo passe intermodal».



O Diário do Distrito também contactou ontem a empresa, via email, mas até ao momento não obteve qualquer esclarecimento.


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