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Autarquia de Sesimbra e promotor estudam alternativas para Festival Super Bock Super Rock

Os vereadores Nelson Pólvora e Miguel Fernandes, eleitos pelo PS, interrogaram o executivo da Câmara Municipal de Sesimbra sobre a possível deslocalização do Festival Super Bock Super Rock da Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, para outra zona do concelho.

A intervenção dos vereadores ocorreu durante a reunião camarária que tem lugar esta quarta-feira, e lamentaram a alteração de localização, mas consideraram ter sido a ‘melhor decisão’ para garantir a segurança da zona florestal, “tendo em conta a situação de contingência que o país atravessava”, e relembrando o incêndio de grandes proporções que ocorreu em Palmela.

Miguel Fernandes relembrou também “as questões de segurança que se têm levantado ao longo dos anos, de riscos ambientais e o congestionamento de trânsito, mas também o perigo de incêndio que se poderá repetir no futuro”.

O vereador socialista afirmou também ter recebido de moradores e agentes económicos “manifestações de alegria por não ser realizado no Meco o Festival este ano”.

José Polido, vereador da CDU, garantiu que “toda a zona tinha condições de segurança para a realização do Festival, mas saiu a lei para que nada fosse feito em áreas florestais, e muito bem, devido à classificação do solo, e teve de ser feita a alteração para o Parque das Nações”.

Acerca das críticas, José Polido criticou “a falta de coerência de quem vem aqui falar de falta de segurança, e depois foram ao Festival e até andaram a pedir mais ingressos”.

Em resposta, o presidente da autarquia Francisco Jesus explicou um pouco do processo desde 2010, “quando se realizou a primeira edição, e que resultou de um protocolo entre o município e o promotor ‘Música no Coração’, após um estudo sobre o impacto económico no concelho, em que foi considerado que este se tornaria uma mais valia para a afirmação do concelho de Sesimbra, quer para a restauração e alojamento mas também pela dimensão da notoriedade do concelho e da Marca Meco.

Depois houve uma nova alavancagem, para voltar a trazer o Festival Super Bock Super Rock, fruto de um grande esforço, depois das edições em Lisboa. Foi feito um protocolo suplementar com o proprietário do terreno e entidades de gestão do território e o município de Sesimbra assumiu um conjunto de responsabilidades.”

Francisco Jesus também garantiu que “estivemos sempre em contacto com o Governo e o primeiro-ministro, que sempre mantiveram uma ‘chama acesa’ para que o festival se realizasse em Sesimbra, e do ‘lado de lá’ foram postas várias hipóteses, incluindo colocar autocarros do exército a transportar pessoas para o Festival.

A Câmara Municipal de Sesimbra, na pessoa do presidente, na segunda-feira às 10h00 transmitiu logo as dificuldades que iriamos sentir ao promotor e não tenho dúvida de que esta foi a opção correcta.

Mas estivemos ‘pendurados’ um dia e meio para perceber qual a apreciação da Administração Central sobre a realização naquele local, só que também houve uma intransigência por parte do Primeiro-Ministro.

E posso afirmar que o festival não se realizou no Meco porque não encontrámos um espaço para estacionamento considerado seguro, para a deslocalização do festival para outra zona do concelho.”

Sobre a possível deslocalização, Francisco Jesus relembrou que “ainda mantemos mais um ano de protocolo com o promotor, e da visão que temos do promotor, havia uma expectativa de que o Festival se fixasse definitivamente no concelho de Sesimbra, e friso isto.

Neste momento, posso dizer que se mantém o interesse do promotor em voltar ao concelho de Sesimbra, mas a decisão sobre a localização está a ser estudada, mas é ainda prematuro, porque precisamos também do parecer do ICNF, porque grande parte do nosso território está em Rede Natura, e não pode ser o município a decidir sozinho.

Estão a ser estudadas algumas alternativas, e daqui a alguns meses haverá alguma informação mais especifica sobre esta matéria.”


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