Distrito de Lisboa

Autarquia de Lisboa explica situação captada em vídeo sobre apoio a sem-abrigo

Um vídeo que circula nas redes sociais acusa a Polícia Municipal de Lisboa de proibir uma associação de fazer a distribuição de bens alimentares e de higiene aos sem abrigo da cidade, e os responsáveis pedem a partilha deste.

O Diário do Distrito contactou a Câmara Municipal de Lisboa, que desmentiu «liminarmente» o que foi veiculado pelo vídeo «e perceber o que, de facto, se passou no Largo de São Domingos e os procedimentos da autarquia».

Na resposta é referido que «atendendo às más condições de salubridade em que começava a estar o Largo de São Domingos – e a pedido da Junta de Freguesia, comerciantes e moradores – foi feita uma operação especial de higienização do espaço público.

Todo o processo foi articulado com as associações que trabalham com pessoas em situação de sem abrigo, num trabalho coordenado pelos Núcleos de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo.

Tendo conhecimento prévio da operação, nenhuma associação da cidade se deslocou ao local, tendo em vez disso recorrido ao Martim Moniz para fazer a habitual distribuição de alimentos a pessoas em situação de sem abrigo.»

Sobre o ocorrido com a associação que divulgou o vídeo, a autarquia esclarece que «não sendo de Lisboa e não estando articulada com os Núcleos de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo, a associação que fez o vídeo que circula nas redes sociais deslocou-se ao Largo de São Domingos onde a polícia estava a garantir que não havia distribuição no local – como anteriormente acontecia.

A associação em causa acabou por fazer a distribuição no Martim de Moniz, como todas as outras associações articuladas com os Núcleos de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo. Atendendo à crise de saúde pública que vivemos, a CML reforça a necessidade de todas as associações articularem com a autarquia as distribuições de modo a evitar ajuntamentos de pessoas que potenciam a propagação do vírus.»

A Câmara Municipal de Lisboa esclarece ainda que desde o início da pandemia «reforçou significativamente o seu apoio nesta área criando 4 Centros de Alojamento de Emergência, onde estão alojadas 220 pessoas.

Todos estas pessoas em situação de sem abrigo têm recebido alimentação, encaminhamento social e cuidados de saúde física e mental. Neste momento, e em coordenação com as associações sociais, a CML apoia 4 pontos de distribuição alimentar na cidade, assegurando cerca de 1000 refeições quentes diárias no Cais do Gás, Santa Apolónia e nos Núcleo de Apoio Alimentar de Arroios e São Vicente.

Nos últimos oito meses a CML gastou mais de 4 milhões de euros com o apoio de emergência a pessoas em situação de sem abrigo, num trabalho complexo e articulado que envolve 59 técnicos e 5 enfermeiros. O Plano Municipal para as Pessoas em Situação de Sem abrigo tem um orçamento, para 2019-23, no valor de 14,5 milhões de euros.»


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