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Autarca de Corroios desmente ‘almoço ilegal’ e identificação pela PSP

Eduardo Rosa, presidente da Junta de Freguesia de Corroios, foi hoje visado numa notícia publicada pelo Correio da Manhã, que referia ter sido o autarca «apanhado» a almoçar com sete amigos num restaurante naquela freguesia, em pleno estado de emergência nacional devido ao COVID-19.

A referida notícia indicava ainda que Eduardo Rosa e sete outros comensais tinham tentado «esconder-se da PSP», que haviam sido identificados e o dono do restaurante notificado por violação à lei do estado de emergência, que impede os restaurantes de servirem refeições às mesas.

Perante a gravidade dos factos noticiados, e por a referida reportagem não contar com as declarações do visado, o Diário do Distrito contactou Eduardo Rosa por email e telefone, obtendo deste uma visão que contraria o que foi noticiado.

Acerca do ocorrido esclarece que “nem eu nem as pessoas que ali estavam fomos identificados pela PSP, apenas o dono do restaurante foi notificado porque havia pessoas a comer na sala anexa. Eu tinha ido lá, como faço praticamente todos os dias desde que esta situação de pandemia começou, buscar uma refeição para ir depois comer na Junta.

Só não entrei pela frente do restaurante, mas sim pelo lado do mercado, e tinha acabado de perguntar qual era a ementa, para fazer a encomenda, quando dei pela presença da PSP, que me confirmou estar ali por uma denúncia.”

Sobre estar num almoço com outras pessoas, Eduardo Rosa explica que “estavam realmente pessoas a comer nessa sala mas eram os empregados que estão a fazer as obras de ampliação do restaurante, que ainda nem está pronta. Mas a PSP entendeu que essas pessoas não podiam estar ali, e eles foram acabar a refeição sentados no jardim. Quanto a mim, fui lá depois buscar o que tinha encomendado, e voltei a vir almoçar no meu gabinete.”

O restaurante onde os alegados factos ocorreram é anexo ao edifício da Junta de Freguesia e do Mercado, “que tem mais de quarenta anos e que tem sido alvo de várias obras, e onde também funciona agora a Junta” referiu Eduardo Rosa.

“Este restaurante era uma casa de petiscos com várias décadas, integrado no mesmo edifício do mercado, e que passou a restaurante. Face ao sucesso, o proprietário pediu para criar uma nova sala de refeições, ao que a Junta acedeu, cedendo duas lojas que estavam vazias no mercado, anexas ao espaço principal e não ‘nas traseiras’ como refere a notícia. Eram as pessoas que estão a acabar a obra que ali estavam a almoçar, porque não tinham também outro local para o fazer.”

Eduardo Rosa lamenta não lhe ter sido dada a oportunidade de esclarecer o ocorrido junto do referido jornal. “Apenas fui contactado pelo autor da notícia num email enviado às 19h22 para a junta, tendo ele primeiro contactado a Câmara Municipal para falar comigo pelas 14h00. Curiosamente, a presença da PSP no restaurante, após uma denúncia, ocorreu cerca das 13h30, mas em toda a tarde ninguém entrou em contacto nem comigo nem com a Junta”.


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