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Atropelou bombeiro mortalmente e “saiu a rir”, conheça a história

Filho fala de injustiça e considera que existiram dois pesos e duas medidas no julgamento, que decorreu em 2018.

Um leitor partilhou com o Diário do Distrito o caso de homicídio negligente do seu pai em 2016. No entanto, fala de injustiça e considera que existiram dois pesos e duas medidas no julgamento, que decorreu em 2018.

Conheça a história:

Ora, o homicídio aconteceu no dia 22 de junho de 2016. Conta o filho que o seu pai, de 57 anos, “era bombeiro há 40 anos, tendo sido voluntário nos Bombeiros do Cacém e Belas por 30 anos, e os últimos 10 anos como Funcionário da Associação.

Numa simples ida ao banco para atualizar a sua caderneta, foi atropelado no passeio, por um condutor alcoolizado com uma taxa de 2.67gl, depois de assistir ao jogo de futebol Portugal – Hungria num café próximo ao local”, descreve.

O acidente foi na Avenida Infante D. Henrique, junto ao N°43, Agualva Cacém, no sentido Belas/ Agualva-Cacém, concelho de Sintra.

O embate foi tão violento “que o corpo do meu pai foi projetado para o quintal da uma moradia, com um gradeamento com aproximadamente 2 metros de altura“.

O dia do julgamento

No dia do julgamento, realizado no dia 27 de Novembro de 2018, o condutor “admitiu não ter jantado nesse dia, ter bebido bastante e estar a tomar medicação dentária, que poderia ter afetado ainda mais o seu estado. No final de três sessões, foi decretada a pena de prisão suspensa de 1 ano e 9 meses c/ inibição de conduzir por dois anos“.

No processo pode ler-se: “O n.º 43 da citada urbe localiza-se numa recta  com boa visibilidade em declive no sentido da marcha do veículo tripulado  pelo arguido, antecedida de uma ligeira curva à direita.”

O filho sublinha que antes de começar a sessão do seu pai, “estava a ser julgado um caso de violência doméstica, onde o marido tinha deferido um estalo na mulher e feito insultos verbais, um crime grave que deve ser punido obviamente.

Esse indivíduo teve uma pena de 2 anos de pena suspensa [mais do que o condutor que matou o seu pai]. Como se costuma dizer, a matemática não está bem feita”.

A “injustiça”

“Por ter emigrado no mesmo dia do julgamento final, deixei a cargo de um familiar colocar o recurso, que infelizmente nunca aconteceu. Desde essa altura, tentei aprender a viver com a injustiça que foi feita”.

Revelou que por ser atualmente “Bombeiro Voluntário na mesma associação, o último ano tem sido bastante difícil e tenho pensado bastante numa forma de fazer justiça, uma vez que o processo não é possível reabrir o processo.

Para além da injustiça, o indivíduo que matou o meu pai, no fundo, ‘saiu a rir’ com toda esta situação, mostrando ao país que é possível matar seres humanos sem que não aconteça nada, muito mais uma pessoa que toda a sua vida de dedicou a ajudar o próximo, com tantas vidas que salvou durante 40 anos de carreira”, terminou.


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