Decorre a esta hora na Assembleia da República o debate do segundo estado de emergência, onde os deputados das várias bancadas estão a ser ouvidos. Do lado do PSD, Rui Rio foi muito direto e exigente ao setor da banca, apelando que a mesma não ganhe dinheiro com as ajudas às famílias e empresas. Para o social-democrata o que importa é ajudar e não enriquecer à conta da crise do Covid-19.
Já do lado de Catarina Martins, BE, o apelo centrou-se na parte dos trabalhadores, a secretária dos bloquistas lembrou os trabalhadores de primeira linha e os do lay-off, a mesma preocupação foi imposta pelo PCP, João Oliveira disse “existem pontos no estado de emergência que tem que ser revistos“, para o comunista é importante que o Governo olhe para as famílias e empresas com outros olhos.
Já da parte dos socialistas, Catarina Mendes no seu discurso apoiou a decisão do Governo e do Presidente da República, para avançar com este segundo estado de emergência. Telmo Correia, do CDS/PP, alertou para o setor social, adiantando que é “preciso criar uma almofada para o setor social que está na primeira linha“, mas também lembrou a simplificação dos lay-offs e os spreads que vão ser aplicados aos apoios. O centrista lembrou as palavras do Papa Francisco “não podemos lutar sozinhos nesta luta, um homem que esteve sozinho numa das maiores praças do mundo lembrou que a luta é de todos nós“.
Da parte do PAN, André Silva, diz que o estado de emergência está a ser eficaz para a contenção da propagação do vírus. Enalteceu a posição da população, apelidando-os de verdadeiros agentes de segurança, ficando em casa, acabando por não trabalhar, mas existem outros que estão na linha da frente, o PAN lembrou os camionistas que trabalham numa Europa em estado de emergência para que não falte nada aos portugueses, os agentes de segurança que mantém a segurança da sociedade e os profissionais de comunicação social que andam nas ruas para informar a população.
André Silva lembrou ainda os “Heróis sem Capa”, os médicos, enfermeiros e auxiliares, que passam dias e dias a cuidar de todos aqueles que entram nos hospitais com o Covid-19 mas também com outras patologias e que precisam de cuidados. Para eles também deixou uma palavra de agradecimento.
O decreto Presidencial está hoje a ser discutido no Parlamento e pelas 20h00 o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, irá falar ao País.
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