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Artistas cobram por concerto solidário pelo Iémen e os custos são superiores à angariação

O espetáculo solidário “Juntos pelo Iémen” pela catástrofe humanitária do país árabe contou com dez artistas convidados pagos pela Câmara Municipal de Lisboa.

A iniciativa que teve como palco o Capitólio, em Lisboa, e que será difundida pela RTP futuramente custou à Câmara Municipal de Lisboa (CML) €16.760. Já a receia amealhada pela bilheteira foi de €3.238 para os Médicos Sem Fronteiras, como confirmou a ONG à Sábado.

Os custos do concerto solidário cingem-se a €1.000 por cada artista convidado e €6.760 euros para a produção. Assim, Carlão, Ana Moura, Dino D’Santiago, Branko, Capicua, Chullage, Márcia, Mayra Andrade, Sara Tavares e Selma Uamusse receberam um valor por uma iniciativa solidária, mas nas Redes Sociais ocultaram o que receberam.

Mayra Andrade na altura publicou: “não podemos ficar parados perante uma das maiores catástrofes humanitária do século!!!” Branko enfantizou o “concerto em solidariedade com a crise humanitária que se vive atualmente no Iémen.” 

Já Ana Moura: “Em resposta ao estado de emergência em que o Iémen se encontra, a querida Cláudia Semedo tomou a iniciativa de juntar alguns artistas.” Ou Carlão: “Coisas boas a acontecerem. Vamos ajudar os Médicos Sem Fronteiras a ajudar o Iémen”.

Cláudia Semedo trabalhou gratuitamente, mas sem desvendar o que os artistas ganharam foi mais longe:“a generosidade de todos os artistas que, com a sua voz, vão tornar visível uma nação que atravessa uma das maiores crises humanitárias deste século”.

Cláudia Semedo – que trabalhou pro bono nesta iniciativa – não gostou das perguntas (uma delas era por que razão, uma vez que havia um cachet pago com dinheiros camarários, foram convidados estes 10 artistas e não outros).

A artista foi questionada pela Sábado pelo facto de não ter sido tornado público o pagamento aos artistas e afirmou que a mesma tinha um “objetivo triplo de dar visibilidade ao que se vive no Iémen (…), angariar fundos para as missões da ONG Médicos Sem Fronteiras (…) e dar palco aos artistas e aos profissionais das artes que, neste quadro“.

Adiantou ainda que “lamento que não tenha acompanhado as entrevistas que dei sobre o “Estamos Aqui, Iémen!”. Contudo, solicitada a enviar as entrevistas onde explicava o objetivo triplo da iniciativa, antes do concerto solidário, não as enviou.


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