Área ardida mais do que triplicou face ao ano de 2021
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), divulgou hoje um relatório que revela que em 2022, a área ardida pelos incêndios florestais mais do que triplicou, face ao ano passado, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro. Foi ainda divulgado que foi o ano mais severo desde 2017.
O aumento percentual da área atingida pelos fogos foi de 309%, resultando no aumento de 82.796 hectares de terrenos atingidos. O número de incêndios teve um aumento de 43% comparativamente a 2021, foram registados no total 3.060 fogos.
Pode ler-se no relatório que em 2022 a área ardida foi consideravelmente maior considerando os últimos 10 anos. “Comparando os valores do ano de 2022 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 27% de incêndios rurais e mais 15% de área ardida relativamente à média anual do período. O ano de 2022 apresenta, até ao dia 30 de setembro, o quinto valor menos elevado em número de incêndios e o quinto valor mais elevado de área ardida, desde 2012”
De acordo com as informações divulgadas pelo ICNF os distritos mais afetados pelo fogo foram o Porto (2.452), Braga (1.136) e Vila Real (849). No entanto os incêndios registados no Porto e em Braga foram de “pequenas proporções”, não ultrapassando 1 hectare de área ardida. Já Vila Real foi o distrito mais afetado, registando o total de 25.384 hectares, que representam 23% da área ardida no período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro.
Outro dos alertas referidos no relatório é que mais de 25% dos incêndios rurais tiveram origem criminosa, apenas ultrapassado pelas queimas e queimadas, que representam 41% da totalidade dos fogos apurados.
Apesar dos números serem maiores comparativamente com o ano passado, o ICNF refere que o total de área ardida (109.514 hectares) foi inferior ao total “expectável” para o corrente ano, tendo em conta os fatores meteorológicos severos, como a seca, temperaturas elevadas e ventos fortes.
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