Apreendidos 900 quilos de amêijoa por falta de registo em Alcochete
A Unidade Nacional de Trânsito (UNT) e a Unidade de Controlo Costeiro (UCC), através do Destacamento de Ação de Conjunto (DAC) de Lisboa, apreenderam ontem, dia 26 de maio, 900 quilos de amêijoa-japonesa, Ruditapes philippinarum, com um valor estimado de nove mil euros, na Estrada Nacional 119, concelho de Alcochete.
No âmbito de uma ação de fiscalização rodoviária os militares detetaram um veículo que fazia o transporte dos bivalves, sem qualquer tipo de documentação comprovativa da sua origem, sendo que o proprietário, um homem de 25 anos, também não possuía o cartão de mariscador.
Solicitado o apoio ao Subdestacamento de Controlo Costeiro da Fonte da Telha, procedeu-se à apreensão do pescado e à respetiva elaboração do auto de contraordenação, correspondendo a uma coima que pode atingir os 25 mil euros.
A Guarda Nacional Republicana alerta que a captura deste tipo de bivalves, sem que os mesmos sejam sujeitos a depuração ou ao controlo higiossanitário, pode colocar em causa a saúde pública, caso sejam introduzidos no consumo, devido à possível contaminação com toxinas, sendo o documento comprovativo da origem do bivalve fulcral para a prevenção da introdução de forma irregular no consumo.
Os bivalves, por se encontrarem ainda vivos, foram devolvidos ao seu habitat natural.
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A Central de Depuração de Bivalves foi localizada no Barreiro onde o Município cedeu terreno para o efeito. O local chegou a ser visitado pela Ministra do Mar do governo 14/18 que prometeu construir aquela infraestutura. Não passou das promessas e os mariscadores continuam a operar clandestinamente vendendo o produto do deu labor a intermediários que a levam para Espanha. Onde se pensa que muda de roupagem e parcialmente re-exportada para Portugal. Uma actividade que, devidamente enquadrada podia melhorar o rendimento de umas centenas de mariscadores sem colocar a Saúde Pública em risco. Mais um projecto âncora que nunca saiu do papel.