País

APG/GNR considera que António Costa desrespeitou dignidade profissional dos militares

A Associação dos Profissionais da Guarda – APG/GNR repudia declarações do Primeiro Ministro sobre a utilização de profissionais da GNR na condução de veículos pesados de transporte de matérias perigosas durante a greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), a que se associou o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

Numa nota publicada na sua página do Facebook, a APG/GNR considera que os militares vão ter uma carga excessiva de horários, «porque vão cumprir horários desumanos durante este período e ainda estão a ser forçados a executar funções completamente estranhas à sua missão de segurança pública» e lamenta que o Primeiro-Ministro tenha «demonstrado que claramente desrespeita a dignidade profissional daqueles que servem a Guarda», perante o descontentamento e indignação sentidos pelos Profissionais da GNR.

Segundo a APG/GNR este foi o sentido das declarações que António Costa «proferiu publicamente, entendendo mesmo que quem representa os profissionais da PSP e da GNR são os respectivos comandos, posicionando-se como se as suas estruturas representativas não existissem. Quer agrade ou não ao representante do Governo, são as associações e sindicatos que representam os profissionais das forças de segurança e esta postura presumida contraria elementares princípios da democracia.»

A APG/GNR considera que esta atitude «insulta o direito à organização colectiva dos profissionais da GNR e os seus representantes, sendo igualmente criticável a posição do Comando da Guarda, que mesmo tendo consciência das insuficiências objectivas ao nível da formação e equipamento disponível afirma que existem todas as condições para dar resposta a esta situação, mesmo sabendo que tal resultará em maior carga horária para os profissionais da GNR e em situações de risco objectivas, já que estes não possuem ADR.»

Por esse motivo, a APG/GNR «repudia as declarações do Primeiro-Ministro, reiterando a sua postura de não aceitação da instrumentalização dos profissionais da GNR para minimizar o impacto de um conflito ao qual são alheios».


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