Atualidade

APAV recebeu 520 pedidos de ajuda por violência durante confinamento em 2020

A APAV divulgou esta terça-feira os resultados do projeto ‘Violência contra as Mulheres e Violência Doméstica (VMVD) em Tempos de Pandemia: caracterização, desafios e oportunidades no apoio à distância (AaD)’.

Este projeto, promovido pela APAV e financiado pela FCT e Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (Linha Gender Research 4 COVID-19), conta com a parceria da Egas Moniz – Cooperativa de Ensino Superior (LABPsi) e da Universidade Fernando Pessoa (UFP).

Durante o período de confinamento de 2020, entre 22 de março a 3 de maio, foram analisados 520 pedidos de ajuda reportados à APAV de violência contra as mulheres.

As vítimas tinham entre três meses e 101 anos, tendo uma média de 42 anos e uma maior incidência de idades entre os 21 e os 45 anos (46,3%).

Dos pedidos de ajuda: 62,5% eram de violência no contexto das relações de Intimidade; 16,2% eram de violência contra outros familiares; 11,8% eram de violência contra as pessoas idosas e 9,5% eram de violência contra crianças/adolescentes.

Destes pedidos de ajuda, um total de 455 (87,5%) das mulheres foram vítimas de violência doméstica, sendo as restantes 65 (12,5%) vítimas de outros tipos de violência.

Considerando os 65 pedidos de ajuda das vítimas de outros tipos de violência, foi possível observar que a maioria das pessoas agressoras eram homens (80,6%) com idades compreendidas entre os 11 e os 76 anos e o relacionamento entre vítima-pessoa agressora que foram observados variava entre um relacionamento de conhecidos (27,9%), outro tipo de relacionamento não familiar ou íntimo (27,9%), ausência de relacionamento (i.e., vítima desconhece pessoa agressora) (20,9%), vizinhos (11,6%), colegas (7%) e amigos (4,7%).

Os tipos de violência mais relatados foram crimes sexuais (23,1%), cibercrime (23,1%) e ofensas à integridade física (20,5%).


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