Editorial

Ao Estado que isto chegou…

Portugal e o Estado que isto chegou...

Portugal vive uma das suas piores situações políticas, os casos de (des)governo a que todos vivemos e não nos ajuda a melhorar o modo de vida que um dia todos nós sonhamos.

Foi a 24 de Abril de 1974, que o saudoso Capitão de Abril, Salgueiro Maia, em formatura com os vários pelotões da Cavalaria de Santarém, salientou a seguinte e celebre frase: “Existem diversos tipos de Estados, os Estados Liberais, os Estados Social Democratas, os Estados Socialistas, … Mas nenhum deles é pior ao Estado que isto chegou, é preciso acabar com ele”, com esta mensagem, e passados 49 anos do 25 de Abril, nunca a frase de Salgueiro Maia foi a mais correta.

Todos temos vivido tempos que nem passava pela cabeça de todos nós portugueses, vivemos muitas batalhas, sobrevivemos a muitas dessas batalhas, em inícios de 2020, outra batalha colocou os portugueses à prova, a Covid-19, uma pandemia que prometia dizimar milhares de pessoas e Portugal estava na lista dessa batalha, dois anos de ‘guerra’ que conseguimos todos vencer, mas outra batalha se avizinhava, uma guerra às portas da Europa que colocaria em casa o Estado Económico de todos os países, incluindo Portugal, vivemos momentos difíceis, mas não é só desse Estado Económico que passamos que nos faz os dias mais complicados, Portugal vive atualmente uma crise política, e o caso que está para ficar tem sido o mais pesado, um Governo fragilizado e com demissões que nem chegam a ser nomeados governantes.

Em pouco tempo, um ministério fica sem o seu ministro e está na linha de ficar sem outro, falo-vos do Ministério das Infraestruturas, que ficou sem Pedro Nuno e agora está em causa o novo ministro João Galamba, e tudo devido ao caso da TAP, é caso para se dizer: “Oh Costa vai à bruxa, Costa!”.

O Primeiro-ministro recebeu esta terça-feira a carta de demissão do ministro, que está envolvido na polémica do computador e do ex-adjunto que promete contar tudo na Comissão de Inquérito da TAP, mas rapidamente negou a demissão, o que, prós lados de Belém, não agradou à recusa de Costa, será que teremos uma ‘guerra’ entre dois Estados de Direito e Democráticos? É como Salgueiro Maia bem dizia naquela noite “Nenhum deles [Estados] é pior ao Estado que isto chegou!”

Boa semana!


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