País

ANTRAM tem até sexta-feira para responder a propostas dos Sindicatos

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) convocaram uma greve por tempo indeterminado, a partir de dia 12, que tem como objectivo a valorização salarial dos motoristas através de um contracto colectivo com um período de vigência de três anos e início a 1 de Janeiro de 2020.

Durante esta segunda-feira representantes dos dois sindicatos estiveram reunidos no com o Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, no Ministério das Infraestruturas, até cerca das 21h15, a pedido dos sindicatos, para apresentarem algumas soluções neste braço de ferro com os patrões a uma semana da paralisação que está marcada.

No final da reunião, Pedro Pardal Henriques, representante do SIMM referiu à comunicação social que “o Governo tentou demover os sindicatos a avançar com a greve” e ouviu as reivindicações, apresentando como contraproposta eliminar os subsídios, mantendo um salário fixo com pagamento das horas extraordinárias.

Assim, a greve mantém-se, com Pedro Pardal Henriques a afirmar que “a ANTRAM tem até sexta-feira para se pronunciar, sendo que no sábado, 10 de Agosto, o Sindicato vai realizar um encontro com os associados”.

Apesar das horas de negociação com o Governo, a ANTRAM continua a não querer negociar sem que os sindicatos levantem o pré-aviso de greve.

Depois de estar marcada para esta tarde, a reunião entre a Associação Nacional dos Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) vai acontecer na terça-feira com o Governo, devido ao facto de a reunião com os sindicatos ter sido alargada para o período da tarde.

Carta ao presidente e formas de protesto

Como forma de protesto, os motoristas começaram a ‘demonstrar a unidade em torno da luta’, circulando desde o início de Agosto com as luzes acesas durante o dia ou em casos onde essa situação é obrigatória, colocando o colete reflector no tablier do veículo.

Hoje também o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) enviou uma carta ao Presidente da República, na qual considera que «as recentes declarações de alguns titulares de cargos políticos sobre a lei da greve não podem deixar de causar estranheza e preocupação».

Em causa estão declarações de ministros que consideram necessário «olhar e ‘quiçá’ alterar a lei da greve, porque esta data dos anos 70 e está desajustada aos dias de hoje», pelo que o SIMM recorda a Marcelo Rebelo de Sousa que «essa mesma lei é parte integrante da lei fundamental do país, a Constituição da República Portuguesa, da qual o Presidente teve um papel ativo na sua formulação como deputado da Assembleia Constituinte».

O SIMM criticou ainda planos para usar as forças armadas para ajudar a minorar os efeitos da greve, anunciados pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que para o sindicato apenas «seria compreensível se na greve do passado mês de Abril tivessem havido noticias de que algum serviço social impreterível paralisou ou sofreu constrangimentos no socorro ou auxilio às populações» ou se «os sindicatos que convocaram a greve do próximo dia 12 não tivessem avançado no aviso prévio com propostas de serviços mínimos a 100% para todos esses serviços impreteríveis e 25% nos restantes serviços» ou ainda «se tivesse havido alguma declaração por parte dos dirigentes desses sindicatos no sentido de não tencionarem cumprir com os serviços mínimos propostos».

No final da carta ficou o pedido ao Presidente da República para que «não consinta que continue este ataque às nossas condições de vida e de trabalho, nossas e das nossas famílias».

 


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *