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‘Amora FC vai poder jogar no Complexo Carla Sacramento’

A situação que se tem vivido no Amora Futebol Clube, actualmente sem campo para poder jogar na Liga 3, já fez correr muita tinta e levou mesmo à demissão do presidente da Direção, Carlos Henriques.

Na reunião camarária que decorreu no Seixal esta tarde, o assunto foi levantado pelos vereadores Bruno Vasconcelos (PSD) e Elisabete Adrião (PS).

“Fez precisamente ontem um ano que foi aprovado um documento em Assembleia Municipal (com os votos contra do PCP) para obras urgentes na Carla Sacramento” relembrou o vereador social-democrata.

“Em dezembro de 2020 foram conhecidas as regras para a participação na Liga 3, e em em Junho deste ano, na Medideira, decorreu uma reunião entre a Federação Portuguesa de Futebol, a Câmara Municipal, o Amora FC e o Amora SAD, na qual foi anunciado o estádio da Medideira não cumpria as exigências, e é feita a sugestão pela Câmara para utilização do Complexo Carla Sacramento, a titulo temporário.

Em julho é feito o compromisso de que a relva do Complexo estaria pronta para receber jogos em finais de setembro, pelo que foi solicitado o campo ao Fabril até essa altura.

Chegados a setembro, surge nova data, agora em finais de outubro e depois finalmente a 28 de novembro. No entanto, a 4 novembro a autarquia avisa a FPF, o Amora FC e o Amora SAD de que só em janeiro o campo estará pronto.”

Para Bruno Vasconcelos “isto é andar a brincar com o Amora FC, porque também é conhecida a ameaça da FPF de perda de pontos por falta de um campo para os jogos, e obrigar o clube a jogar fora do concelho é matar o Amora Futebol Clube. E é conhecida a pouca simpatia pelo clube e pela cidade da Amora por parte de alguns vereadores deste executivo. Se antes sentia o compromisso do presidente em resolver esta situação, agora não o sinto, será pela falta de apoio do Presidente do Amora FC nas últimas eleições autárquicas?”.

Outra crítica do vereador foi para o facto de “um concelho que se diz virado para o desporto não tenha um único campo para prática de futebol em ligas profissionais. E nem estamos a falar da 1ª ou 2ª divisão, mas sim na Liga 3”.

Por sua vez Elisabete Adrião questionou o executivo sobre “as obras no Complexo Carla Sacramento e o compromisso desta Câmara Municipal com a FPF neste caso, que já teve como consequência a demissão do presidente do Amora FC.

Esta é uma situação muito desagradável até para o município, porque isto passou em toda a comunicação social.”

O presidente passou a explicação ao vereador do Desporto, Bruno Santos, que garantiu que “todos os clubes do concelho, sem excepção, nos merecem o máximo respeito. E o Amora FC é uma referência no nosso concelho, sendo o primeiro clube que alcançou o centenário.

Estamos satisfeitos com todo o apoio que tem sido prestado ao Amora FC ao longo destes anos, e com isso permitir ao clube uma enorme resposta em termos de formação, um dos objectivos da Câmara Municipal.

Basta recordar a situação do clube em 2013, e como se encontra agora, o que se deve ao trabalho da direção, dos sócios e do apoio do município, Junta e Câmara, que ao longo dos últimos quatro anos investiu no apoio em transportes e equipamentos como o Centro de Treinos, num investimento de 2,5 milhões de euros. O Amora FC, com a Câmara Municipal do Seixal, tem visto crescer o seu património, e a Câmara Municipal está sempre disponível para o Amora FC.”

Relativamente às obras que decorrem no Complexo Carla Sacramento, Bruno Santos explicou que “o espaço está em requalificação, queremos que seja um equipamento de excelência para o atletismo e para futebol. No entanto, todos sabemos que o país e o mundo está a enfrentar uma crise em obter materiais, assim como mão-de-obra.

Na reunião que tive com o presidente do Amora FC, indiquei-lhe que no dia 29 de Janeiro o Complexo podia ser utilizado pelo clube, com ele a indicar-me que era uma data tardia.

E assumo que essa será a data a partir da qual poderão decorrer ali os jogos, mas antes não é possível devido às obras e o Amora FC terá de encontrar uma solução.

Temos todo o gosto que a população da Amora possa assistir aos jogos do seu clube, não há nenhuma questão com o Amora FC.”

Além dos esclarecimentos, Bruno Santos não deixou de criticar “a FPF, que dinamiza as Ligas profissionais, com regras estritas, mas depois temos clubes na miséria e sem apoios, o que leva a que tenham de ser, muitas vezes, as SAD a tomar conta dos clubes.

Joaquim Santos deixou uma última palavra com críticas sobre a falta de investimento “dos governos PS e PSD no que respeita aos equipamentos desportivos no concelho do Seixal”.


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