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Ambientalistas enviam carta aberta ao Governo sobre morte de cachalote na Fonte da Telha

Um grupo cidadãos e de elementos de associações ambientalistas, enviaram este sábado uma carta aberta ao ministério do Ambiente e da Acção Climática e ao presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, co-assinada pela Sea Shepherd Portugal, depois de um cachalote ter morrido na praia da Fonte da Telha, em Almada.

A carta é assinada por elementos da Sea Shepherd Portugal, APECE, Flying Sharks, Loving the Planet, Politécnico de Leiria & MARE, Loving the Planet, Associação SEI Portugal, seaExpert Azores, Bluegrowth e Associação Natureza Portugal.

Os signatários explicam que «o início do arrojamento ocorreu perto das 6 horas da manhã, com óbito do animal ao final da tarde, após permanência angustiante na praia durante todo o dia, rodeado de mirones.

Aproximadamente 28 horas depois (às 10h00 da manhã de 16 de Abril), a câmara instalada por www.playocean.net1, revela dois tractores com pás a movimentarem areia em torno do cadáver, sob a vigilância de um veículo da Polícia Marítima.»

Para este grupo de cidadãos, «é facilmente reconhecido que a probabilidade de sobrevivência de um animal deste porte, numa situação desta natureza, é extremamente baixa; que a eutanásia, como solução mais humana, não é uma abordagem possível pela escassez de soluções suficientemente eficazes em animais deste porte, e que existem limitações financeiras, de recursos humanos e logísticas

por parte de vossas excelências».

Consideram os signatários que «situações similares são frequentes e carecem de um protocolo efectivo» e por esse motivo «um grupo de cidadãos preocupados e com competência profissional nestas matérias, tomou a iniciativa de avançar com várias sugestões».

No conjunto das sugestões para circunstâncias similares futuras, os signatários recomendam que «seja autorizado o transporte, por reboque, do animal para mar alto», sendo que se este se encontrar moribundo, «a morte será mais dolorosa se permanecer em terra, encalhado, com todo o stress e colapso de órgãos internos associado».

Se o animal vier a morrer no mar, consideram, «possivelmente, até mais rapidamente, a probabilidade de afundamento é maior e torna-se parte integrante da cadeia alimentar oceânica e restante ecossistema, ao invés de se converter em lixo biológico num aterro, com os devidos riscos sanitários para a saúde pública e desperdício ecológico».

O grupo sugere também que «organizações privadas devidamente autorizadas pelas autoridades locais, e em concertação com as mesmas, sejam possibilitadas de intervir e socorrer, quando necessário, nomeadamente de rebocar o animal para mar aberto».

Sobre a preparação para estas situações, recomendam «um investimento sério na educação da sociedade dentro destas temáticas, para que a sua actuação seja a mais correcta e segura para todos os envolvidos».


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