Almada, Lisboa e Porto com elevados vestígios de uso de drogas nas águas

Almada, Lisboa e Porto apresentam dos valores mais elevados de vestígios de consumo de cocaína, MDMA, cetamina e canábis detectados nas águas residuais, indica um estudo do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência, divulgado esta quarta-feira, dia em que se assinala o Dia Mundial da Água.

O estudo, referente a 2021 e 2022, e que analisou as águas residuais de 104 cidades de 20 Estados-membros da União Europeia e da Turquia, revela, a nível global, “um aumento nas detecções de cocaína e de metanfetaminas” e descreve como a análise das águas das Estações de Tratamento das Águas Residuais (ETAR) consegue fornecer “uma visão cada vez mais alargada da dinâmica do uso e da disponibilidade de drogas”.

No que se refere à cocaína, foram detectados aumentos de consumo em Lisboa e Almada e uma situação estável no Porto relativamente a 2021. Já a situação das metanfetaminas “parece estar a evoluir”, com vestígios a serem detectados em mais cidades, tendo Lisboa sido um das que em 2022 registou um aumento face ao ano anterior, não tendo sido registados vestígios da substância no Porto.

Lisboa e Almada apresentam igualmente um aumento nos consumos de MDMA/Ecstasy, enquanto no Porto os dados são similares aos de 2021. No que se refere à canábis, a droga mais consumida em toda a União Europeia, as três cidades portuguesas observadas tiveram “aumentos ligeiros” de consumo em comparação com 2021.

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