Almada | Governo garante realojamento de 60 famílias do Bairro do 2.º Torrão
As famílias que residem no Bairro do 2.º Torrão, no concelho de Almada, vão ser realojadas temporariamente em «habitações arrendadas ou empreendimentos turísticos, e não em pavilhões».
A garantia foi dado pela secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, numa audição no Parlamento requerida pelo Bloco de Esquerda.
O realojamento esta a ser enquadrado no programa Porta de Entrada, e Marina Gonçalves explicou que o Governo está «em permanente articulação com a Câmara Municipal de Almada e o IHRU – Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana para, dentro daquilo que são as opções do programa, a solução passe pelo arrendamento de casas ou uma situação de alojamento em empreendimento turístico».
De acordo com a secretária de Estado da Habitação, além das 44 famílias do 2.º Torrão identificadas inicialmente pela Câmara Municipal de Almada há cerca de dois anos, há pelo menos mais 14 famílias que necessitam de realojamento imediato, dado que também vivem em habitações degradadas construídas junto à cobertura de betão armado de uma vala, que por isso está em risco de desabamento.
«Acredito que, com base neste programa, conseguiremos enquadrar as famílias. Mas também direi: nenhuma família ficará na rua, se não conseguirmos uma solução no âmbito do Porta de Entrada», acrescentou Marina Gonçalves.
O processo de realojamento decorre de um relatório da Protecção Civil que aponta para a necessidade de desobstruir e limpar a vala de drenagem no bairro, o que vai obrigar à demolição de cerca de 60 construções edificadas sobre a mesma, para evitar situações graves que possam ocorrer já no próximo ano hidrológico.
A responsável pela pasta da Habitação lembrou ainda que a solução definitiva de realojamento para as famílias em causa passa pela construção de 95 fogos, no âmbito do programa Primeiro Direito, e acrescentou que, de acordo com a calendarização prevista pela autarquia de Almada, no âmbito da parceria estabelecida com a Secretaria de Estado da Habitação e com o IHRU, estes 95 fogos só deverão estar concluídos em 2025, pelo que as famílias em causa terão de ser realojadas temporariamente ao abrigo do Porta de Entrada.
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