Na primeira versão deste espectáculo, em 2010, a trupe inglesa aceitava sem problemas aquela que é a principal falha, ou o terror de qualquer malabarista que se preze: a queda de um objecto ao chão.
Durante o espectáculo caíam no palco várias maçãs e peças de louça, aceitando-se a falha e a perturbação do trabalho dos colegas. Essa primeira versão de Smashed consistia numa sucessão de quadros vivos que evocavam a guerra, um amor perdido e o charme ultrapassado do ritual do chá das cinco.
Em Smashed2 os malabaristas reinventam-se a si próprios. Sete mulheres e dois homens fazem uma crítica ácida ao espectáculo que já haviam criado há uma década. O ambiente torna-se mais sombrio, e perde a inocência. Em vez de brincarem levianamente uns com os outros, os intérpretes atacam-se entre si sem dó nem piedade, inspirando-se sempre na linguagem coreográfica do tanztheatre de Pina Bausch, que homenageiam.
Criada em 1992 pelos malabaristas Sean Gandini e Kati Ylä–Hokkala, em trinta anos de actividade a companhia Gandini Juggling não pára de reinventar a arte do malabarismo no quadro do circo contemporâneo, tendo já actuado em mais de cinquenta países.
A criação que agora chega a Almada assenta numa mistura sensacional de virtuosismo e movimento — para oitenta laranjas, sete melancias e nove malabaristas.
Smashed2
Gandini Jugglling (Londres, Inglaterra)
Interpretação: Kati Ylä-Hokkala, Luke Hallgarden, Yu-Hsien Wu, Dulce Duca, Cecilia Zucchetti, Val Jauregui, Frederike Gerstner, Lynn Scott, Sean Gandini
Colaboração na encenação Ben Duke
Luzes Guy Dickens
Duração 1h00m
Classificação M/12
De Sean Gandini e Kati Ylä-Hokkala
Escola D. António da Costa, Palco Grande
QUA 6 22h
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