No dia 10, Domingo, o Festival abre às 15h, no Teatro-Estúdio António Assunção, com a peça “Eu sou a minha própria mulher”, de Doug Wright, com encenação de Carlos Avilez, para o Teatro Experimental de Cascais. A peça tem uma segunda sessão às 21h30. Às 16h, no Teatro Municipal Joaquim Benite, é apresentado “Selvagem”. Às 18h, no Palco da Esplanada, é o regresso da programação para crianças na rubrica Eu também vou ao Festival. O espectáculo chama-se “Milho por peixe” e é de entrada livre. No mesmo palco, às 20h30, há Música na Esplanada com os Jacarandá, também de entrada livre. Às 22h, no Palco Grande, é homenageado José Manuel Castanheira e logo de seguida é apresentado o Espectáculo de Honra deste ano: “Miguel de Molina al desnudo”.
Espectáculo de Honra “Miguel Molina al Desnudo”
LAZONA (Madrid, Espanha)
Apoio: Embaixada de Espanha em Lisboa
De Ángel Ruiz | Encenação de Félix Estaire
O mítico génio do flamenco Miguel de Molina (1908-1993) é provavelmente a melhor emanação que Espanha produziu dessa mistura tão sugestiva que resulta da união da vanguarda com a tradição.
Em tudo o que fazia, Molina punha paixão, convocando outros génios para o seu redor, artistas como ele dotados da imaginação e do atrevimento que fizeram de Molina um estandarte da liberdade criadora e individual. Em cena apenas acompanhado por um pianista, o cantante e bailador confessa: “Sempre fui objecto de perseguição, utilizado pelos perdedores e resgatado pelos vencedores como um despojo de guerra.” Perseguido pela Espanha de Franco, viu-se enredado numa onda de calúnias cuja finalidade era denegri-lo, em razão, também, da sua homossexualidade – que Molina aliás nunca renegou, numa atitude de grande arrojo perante as convenções do seu tempo.
Uma biografia em forma de recital, contada por um verdadeiro alter-ego de Molina: o actor Ángel Ruiz. Um espectáculo íntimo, mas com a força telúrica do desassombro. “Abordámos este trabalho tendo em mente a ideia de levar para a cena uma personagem observada a partir de múltiplos pontos de vista – da dimensão pessoal à dimensão profissional, percorrendo a sua vida e o seu legado como um espelho no qual podemos ver-nos reflectidos”. (Félix Estaire)
Interpretação: Ángel Ruiz
Pianista: César Belda
Direcção musical: César Belda
Coreografía: Mona Martínez
Figurinos: Guadalupe Valero
Iluminação: Juanjo Llorens
Direcção de produção: Miguel Cuerdo
Idioma: Castelhano, Legendado em português
Duração: 1h30m
Classificação M/12
Almada
Escola D. António da Costa,Palco Grande
DOM 10 22h
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