
Este texto, estreado em 1979, consiste na resposta subversiva de George Tabori à aplaudida Mãe Coragem, de Brecht.
Tendo sido originalmente escrita como um conto, a peça consiste numa homenagem à mãe do dramaturgo húngaro e está impregnada de doçura e lirismo, honrando uma mulher que conseguiu convocar a sua coragem num momento inesperado, salvando-se do inferno.
Tendo como ponto de partida a história real da sua mãe, Tabori relata como Elsa, com cinquenta e cinco anos, sendo presa em Budapeste no Verão de 1944 e deportada juntamente com quatro mil judeus, consegue salvar-se, defendendo que a sua prisão é ilegal. Em vez de seguir para Auschwitz, dá por si num comboio de regresso a Budapeste.
Em A coragem da minha mãe não faltam episódios cómicos, de sugestão surreal, e muitas vezes em tom de farsa. Na verdade, os textos de Tabori costumam fazer rir ou, pelo menos, repetidamente sorrir. Aquilo a que chama vagamente a sua “abordagem dialéctica” consiste, na verdade, num teatro que promove a subversão, a interpolação, a fragmentação e a inversão de expectativas. O autor falava deste seu texto como “uma paródia a um conto de fadas dos tempos modernos”.
A coragem da minha mãe
Artistas Unidos
De George Tabori
Encenação Jorge Silva Melo
Tradução Antonio Carlos Conde
Com Pedro Carraca, Antónia Terrinha, Hélder Braz e vozes de Carla Bolito, Américo Silva, Pedro Caeiro, António Simão, João Meireles, Tiago Matias, Nuno Gonçalo Rodrigues, e Jorge Silva Melo
Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves
Luz Pedro Domingos
Som André Pires
M/12
1h30 aprox.
Salão de Festas da Incrível Almadense, de 11 a 13 de Julho, segunda e quarta-feira às 21h30, terça-feira, às 18h30
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